Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, impulsionados pela publicação de dados de estoques nos Estados Unidos, que apresentaram um recuo maior do que o esperado por analistas durante a última semana. Além disso, o mercado segue observando os indícios para a reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), marcada para a quinta, e na qual se esperam decisões sobre a produção.
O petróleo WTI para agosto fechou em alta de 0,67% (+US$ 0,49), a US$ 73,47 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,46% (+US$ 0,34), a US$ 74,62 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 6,718 milhões de barris, a 452,342 milhões, na semana encerrada em 25 de junho, segundo informou nesta quarta o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam recuo menor, de 3,6 milhões de barris.
O relatório do American Petroleum Institute (API) na terça com as estimativas já havia apresentado uma tendência semelhante. Na avaliação da Rystad Energy, enquanto a crescente demanda por petróleo continuar "a drenar os estoques de petróleo e os produtores globais não preencherem a lacuna com produção adicional, os preços estarão subindo".
Os preços podem subir ainda mais se a Opep+ não aumentar a oferta para atender à demanda de petróleo em rápida expansão, segundo a consultoria. A Opep espera um crescimento da demanda de cerca de 5 milhões de barris por dia no segundo semestre de 2021, portanto, os membros não devem ser muito conservadores na reunião de quinta, projeta a Rystad Energy.
Nesta quarta, o Fórum Internacional de Energia (IEF, na sigla em inglês) afirmou que a demanda global por combustível para a aviação estava no início de junho 30% abaixo dos níveis pré-pandemia. O secretário-geral da entidade, Joseph McMonigle, afirmou que o setor representa a maior parte da demanda por óleo ainda abaixo dos níveis anteriores à covid-19.
Segundo ele, a recuperação desse componente deve ser "desigual", com países ainda se equilibrando entre reabrir a economia e gerenciar a disseminação do vírus.