Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 31, pressionados por indicações sobre desaceleração da atividade em importantes economias, especialmente na China. O movimento ocorre antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que ocorre no domingo, e que é antecipada com um evento importante para definir a oferta da commodity dentro dos próximos meses.
O WTI para julho fechou em baixa de julho fecha em queda de 1,18% (US$ 0,92), a US$ 76,99 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto recuou 0,94% (US$ 0,77), a US$ 81,11 o barril. No mês, as cotações caíram cerca de 6%.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China recuou de 50,4 em abril para 49,5 em maio, informou há pouco o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). O resultado veio abaixo da expectativa dos analistas ouvidos pela FactSet, de estabilidade em 50,4. O indicador abaixo de 50 pontos aponta que a atividade econômica da China agora está em contração. Pelo lado da oferta, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos caiu de 497 para 496 na semana mais recente, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.
Segundo a Commerzbank, como a reunião da Opep+ decorrerá apenas online, a maioria dos participantes no mercado assume que os cortes voluntários de produção serão prorrogados por pelo menos três meses. Além disso, alguns dos cortes já em vigor até ao final do ano poderão ser prolongados até ao próximo ano. Se os novos inquéritos à produção da Opep confirmarem que o Iraque cortou efetivamente a sua produção em maio, conforme anunciado, a oferta mundial deverá aumentar apenas ligeiramente no terceiro trimestre, apesar de um aumento na produção por países não-OPEP+, afirma o banco. Além disso, se os indicadores de sentimento nos maiores países consumidores, os EUA e a China, melhorarem, isso seria a favor da recuperação da demanda mundial de petróleo.
"Vemos isto como uma confirmação da nossa avaliação de que os preços do petróleo aumentarão significativamente nas próximas semanas. A esperada redução dos preços oficiais de venda por parte da Arábia Saudita, que é geralmente vista como uma indicação de uma procura mais fraca, será provavelmente apenas uma breve escapadela neste contexto, que reflete antes as tendências das últimas semanas e, por isso, não deve ser dada demasiada importância", projeta o Commerzbank.