O petróleo fechou misto, reverteu os ganhos semanais e impediu o que seria a 11ª semana de alta das últimas 13. O dia foi marcado por volatilidade, à medida que investidores ponderavam entre os sinais oferta restrita e o risco de demanda reprimida após dados econômicos fracos na Europa.
O contrato do WTI para novembro fechou em alta de 0,45%, em US$ 90,03 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro recuou 0,03%, a US$ 93,27 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, ambos os contratos futuros acumularam perdas, com WTI caindo 0,81% e Brent recuando 0,70%.
O petróleo acumulou ganhos ao longo da maior parte da sessão, mas os reduziu rapidamente após atingir a marca de 1%, já na parte final do pregão, com Brent entrando no vermelho. Pela manhã, os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) de Reino Unido e zona do euro vieram em terreno de contração, o que alimenta um possível temor por demanda mais fraca, diz a Capital Economics.
Por outro lado, nos EUA, o PMI composto, medido pela S&P Global, caiu menos do que o esperado e indica uma economia ainda muito aquecida no país, sustentando a tese do próprio Federal Reserve (Fed) de que os "juros vão ficar altos por bastante tempo", de acordo com a consultoria britânica.
A alta no preço também foi contida nessa semana devido às decisões de política monetária que deixaram o futuro incerto, e um indicativo de Fed e Banco da Inglaterra (BoE) de que os juros vão ficar elevados por muito tempo, avalia a Capital. Porém, no longo prazo, a consultoria aposta em uma queda repentina na inflação americana que vai "sustentar a alta dos preços também em 2024", disse.
A instituição afirma que o corte na exportação de gasolina e gás russos vai durar no mínimo um mês, em meio à escassez de oferta no país.
Para Edward Moya, da Oanda, "não há como escapar do aperto de oferta de petróleo". Segundo ele, vamos ver o preço subir ainda mais, na esteira da "proibição da exportação de combustíveis por parte da Rússia, o que hoje ofuscou outro conjunto de PMIs europeus fracos".
Além disso, hoje, o Baker Hughes, que presta serviços ao setor petrolífero dos EUA, informou que o número de plataformas petrolíferas ativas no país caiu para 507, no nível mais baixo desde fevereiro de 2022.