Por Senad Karaahmetovic
Os estrategistas de commodities do Goldman Sachs (NYSE:GS) reforçaram seu otimismo com o petróleo em uma nota emitida aos clientes nesta quarta-feira. A atual fraqueza nos preços do petróleo é apenas mais um “quebra-molas transitório em uma estrada sinuosa”, escreveram os analistas.
Com a queda de 20% dos preços no último mês, devido principalmente ao aumento dos temores de uma recessão, os investidores de commodities vêm demonstrando cada vez mais preocupação com a perspectiva da cotação do petróleo em 2023. Com isso, os estrategistas rebaixaram suas previsões.
“Esperamos agora um excesso de 1,7 milhões de barris por dia (mbpd) no 4º tri de 22 e de 1,3 mbpd no 1º tri de 23, diminuindo o risco de uma alta de preços no inverno. Por isso, rebaixamos nossas previsões de preço para o Brent no 1T23/2T23 para US$ 90/95, respectivamente”.
Os fluxos russos acima do esperado também pesaram sobre os preços do petróleo, embora os estrategistas defendam que deve haver uma moderação no futuro. No geral, eles veem os preços do petróleo se beneficiando de uma demanda mais forte no próximo ano, principalmente por conta da reabertura da China e da recuperação das viagens internacionais.
“Além disso, temos uma década de subinvestimento, com uma queda na produção da Opep+/EUA até 2026. Isso ocorrerá com os estoques e a capacidade ociosa ainda perto das mínimas recordes. Ao mesmo tempo, o shale oil nos EUA enfrenta gargalos, mas a indústria amadureceu de forma geral, com foco no retorno aos acionistas", salientaram os estrategistas.
Nessa linha, eles veem o barril de Brent atingindo US$ 105 em 2024.