Investing.com - Os preços do petróleo registravam queda na manhã desta segunda-feira, 15, repercutindo a movimentação de líderes mundiais, no sentido de conter uma escalada maior da crise no Oriente Médio. O foco principal está nas possíveis ações retaliatórias de Israel.
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Apesar de a cotação do barril se manter perto das máximas recentes, a reação aos ataques iranianos foi moderada, sugerindo que as preocupações com o agravamento das tensões geopolíticas já podem estar refletidas nos preços atuais do mercado.
Às 11 horas de Brasília, o barril de petróleo Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), registrava queda de 1,08%, a US$ 89,47, enquanto o do petróleo do Texas (WTI), referência nos EUA, se desvalorizava 1,03%, a US$ 84,77 no mercado futuro, para os contratos com vencimento mais próximo (junho).
O Irã executou uma série de ataques com mísseis e drones contra Israel, em retaliação a um suposto ataque a uma de suas embaixadas na Síria.
Analistas observam que, embora o ataque tenha sido amplamente antecipado e não tenha causado danos significativos, ele ofereceu um potencial limitado de aumento para os preços do petróleo.
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Teerã indicou que não tem planos de realizar novos ataques. A maneira como Israel responderá ao ataque é crucial e determinará a evolução do conflito e se ele poderá se expandir para outras áreas do Oriente Médio.
"O conflito poderia se limitar a Israel, Irã e seus aliados, com um possível envolvimento dos EUA. Apenas em um cenário extremo, os mercados de petróleo seriam impactados de forma realista", relataram analistas da ANZ.
Eles também apontaram que o impacto das perturbações no Oriente Médio nos mercados globais de petróleo seria contido, uma vez que os principais produtores possuem ampla capacidade excedente. "A Opep reafirmou sua política de fornecimento, estendendo os cortes de produção até o final de junho, dispondo de cerca de 6,5 milhões de barris por dia de capacidade excedente, que pode ser rapidamente mobilizada caso ocorram interrupções", explicaram.
No entanto, com a redução da produção da Opep nos próximos meses e o conflito entre Rússia e Ucrânia perturbando parte da produção petrolífera de Moscou, os mercados globais de petróleo devem permanecer restritos a curto prazo.
Além disso, a preocupação com uma demanda mais fraca persiste, especialmente após dados econômicos pouco animadores da China, o maior importador mundial. A divulgação dos dados do PIB chinês do primeiro trimestre está prevista para terça-feira.
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