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Petróleo recua com temores de recessão e preocupações com Covid na China

Publicado 14.10.2022, 10:42
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Por Peter Nurse

Investing.com – Os preços do petróleo operavam em baixa nesta sexta-feira, encerrando uma semana difícil em tom negativo, diante de temores de uma desaceleração econômica global e de mais restrições contra a Covid na China, o que poderia prejudicar profundamente a demanda.

Às 11h15 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano cedia 2,83%, a US$ 86,53 por barril, enquanto o petróleo Brent se desvalorizava 2,45%, a US$ 92,25 por barril, no mercado futuro.

Ambas as referências devem encerrar a semana com uma desvalorização de mais de 5%, diante de sinais de que a recessão global e um aperto maior da política monetária possam reduzir o consumo de energia.

Dados de inflação divulgados na quinta-feira ficaram acima das expectativas, consolidando expectativas de que o Federal Reserve elevará os juros em 75 pontos-base nos EUA na semana que vem e provavelmente em sua última reunião de 2022, desacelerando o crescimento da maior economia do planeta.

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Essa desaceleração ficou evidenciada com a divulgação dos últimos dados de vendas no varejo do país, que ficaram estáveis em termos nominais em setembro, mas abaixo das expectativas, novamente ressaltando a pressão que a inflação alta está tendo sobre o poder aquisitivo dos consumidores.

Além disso, dados mostraram que os estoques de petróleo nos EUA registraram uma alta acima do esperado, de 9,88 milhões de barris na semana passada. Embora grande parte dessa alta tenha sido gerada pela forte redução da Reserva Estratégica de Petróleo por parte do governo americano, a elevação dos estoques sugere uma desaceleração da demanda.

“Ainda que consideremos as liberações das reservas petrolíferas, os estoques totais nos EUA aumentaram apenas 2,2 milhões de barris. O grande acúmulo comercial foi predominantemente motivado pelo declínio nas exportações petrolíferas”, declararam analistas do ING, em nota.

Surtos persistentes de Covid na China também ameaçam a demanda petrolífera no maior país importador do produto no mundo, na medida em que o governo segue impondo rígidos protocolos de controle da disseminação do vírus.

O governo chinês deve insistir com sua política de Covid Zero até o segundo semestre de 2023, de acordo com o Fundo Monetário Internacional, provavelmente gerando uma desaceleração do crescimento econômico no país para apenas 3,2% neste ano, abaixo da meta oficial de 5,5%.

As quedas desta semana ocorreram após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados, grupo conhecido como Opep+, de reduzir a produção e tentar respaldar os preços, na semana passada.

Essa decisão foi criticada pela Agência Internacional de Energia, na quinta-feira, que cortou sua previsão de demanda petrolífera para este ano e o próximo, ao mesmo tempo em que alertou para uma possível recessão global.

“A incessante deterioração da economia e os preços mais altos gerados pelo plano da Opep+ de cortar a oferta estão reduzindo o consumo de petróleo no mundo", afirmou a AIE. “Diante das constantes pressões inflacionárias e das elevações das taxas de juros, os preços mais altos do petróleo podem acabar prejudicando a economia mundial, que já está à beira de uma recessão”.

O número de sondas da Baker Hughes e os dados de posicionamento da CFTC encerram a semana, como de costume.

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