Investing.com - Os preços do petróleo ficaram sob pressão no pregão europeu desta quarta-feira, saindo de uma alta de cinco semanas, uma vez que os participantes do mercado aguardavam novos dados semanais sobre os estoques norte-americanos de produtos brutos e refinados.
A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 10h30 ET (14h30 GMT), em meio às expectativas para uma alta de 522.000 barris.
Os estoques de gasolina devem cair em 1,638 milhão de barris, ao passo que os estoques de destilados, que incluem óleo de aquecimento e diesel, devem cair em 742.000 barris, de acordo com analistas.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute (API) informou que os estoques de petróleo nos EUA caíram em 1,0 milhão de barris na semana encerrada em 12 de agosto. Um aumento de 2,2 milhões de barris nos estoques de gasolina também foi informado, um sinal preocupante para a demanda antes do final do verão.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo dos EUA com vencimento em setembro caiu 30 centavos, ou 0,64%, e foi negociado a US$ 46,28 por barril, às 03h59 ET (07h59 GMT) após ter sido operado em alta de US$ 46,73 na sessão anterior, o nível mais alto desde 12 de julho.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em outubro caíram 40 centavos, ou 0,81%, sendo negociados a US$ 48,83 por barril. Na terça-feira, os preços do Brent negociados em Londres subiram para US$ 49,36, um nível não visto desde 7 de julho.
Os preços do petróleo subiram mais de 10% nos últimos quatro pregões em meio a indicações de que os principais produtores de petróleo estão reconsiderando um congelamento da produção coletivo em uma tentativa de impulsionar o mercado.
A recuperação começou na quinta-feira após o ministro de energia da Arábia Saudita ter dito que o país trabalharia com outros produtores de petróleo para estabilizar os preços em uma reunião na Argélia no próximo mês.
O ministro de Energia russo Alexander Novak disse na segunda-feira que seu país está se abrindo para um acordo com outros grandes produtores de petróleo para limitar a produção "se necessário" para alcançar a estabilidade do mercado.
No entanto, os participantes do mercado permaneceram céticos de que a reunião resultaria em alguma ação concreta. Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa.
Apesar dos ganhos recentes, indicações de uma recuperação na atividade de perfuração dos EUA combinada com estoques elevados de produtos combustíveis ao redor do mundo devem manter os preços sob pressão no curto prazo.