Por Peter Nurse
Investing.com - Os preços do petróleo eram negociados alta nesta quinta-feira, depois de passarem a manhã em baixa, mesmo depois que os Estados Unidos assumiram a possibilidade de comercializar o próprio petróleo das suas reservas estratégicas, com vistas a amenizar a oferta restrita do mercado.
Por volta das 12h45 (horário de Brasília), os futuros do WTI dos EUA subiam 1%, a US$ 78,19 o barril, enquanto os futuros do Brent subiam 1%, a US$ 81,89 o barril. Ambos os contratos caíram cerca de 2% na quarta-feira.
Os futuros da gasolina RBOB dos EUA avançavam 0,9%, a US$ 2,3300 o galão.
Nesta quinta-feira, pesou no mercado os comentários da Secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, ao afirmar ontem que o governo norte-americano estaria considerando a exploração da Reserva Estratégica de Petróleo do país para conter o aumento nos preços da gasolina.
“A Secretária de Energia também não descartou a possibilidade de proibição de exportação de petróleo”, afirmaram analistas do ING, em nota. “Se a proibição de exportação for o caminho escolhido pelos EUA, provavelmente veríamos um aumento nos spread do WTI e do Brent.”
Somando-se à carga negativa do dia, tivemos um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada, em 2,3 milhões de barris, de acordo com dados da Administração de Informação de Energia do EUA. A expectativa era de modesta queda.
Os preços do gás natural também recuaram depois que o presidente russo, Vladimir Putin, insinuou que seu país está preparado para o envio de suprimentos do produto para a Europa, em resposta às altas históricas.
“Na Europa, dados mais recentes mostram que as reservas estão com cerca de apenas 76% da capacidade em comparação com a média de 5 anos atrás de cerca de 90% no mesmo período do ano”, acrescentou o ING. “Isso deve piorar nas próximas semanas. Geralmente, só vemos as quedas nos estoques de gás no final de outubro e início de novembro".
Para finalizar, o petróleo se mantém apenas ligeiramente abaixo das máximas plurianuais, conforme retorno de demanda em linha com o recuo global nos casos de Covid-19 e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, ou Opep+, retomando gradualmente os números recordes de fornecimento ao mercado contidos pelas restrições impostas com a pandemia.