Petróleo tem avanço; foco na produção da Opep+ e nos casos de Covid

Publicado 16.07.2021, 10:52
Atualizado 16.07.2021, 14:24
© Reuters.

Por Peter Nurse   

Investing.com -- Os preços do petróleo apresentavam alta na sexta-feira, retomando em parte as perdas da noite, embora ainda em curso para a sua pior semana desde meados de março com receios sobre o aumento de casos de Covid-19 e um possível aumento da oferta.

Por volta das 14h20 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI, comercializados em Nova York, eram negociados com alta de 0,8% a US$ 72,25 por barril, enquanto os contratos do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, apresentavam alta de 0,6% a US$ 73,92.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 0,5%, a US$ 2,2622 por galão.

Apesar destes ganhos, o mercado do petróleo está na rota de uma segunda semana consecutiva de queda, com o contrato WTI em baixa de 3,5% durante a semana e o contrato Brent com queda de 2,4%.

Pesa sobre o mercado o aumento dos casos de Covid-19, principalmente no sudeste asiático, devido à variante delta, altamente transmissível, que resultou em novas restrições de mobilidade por parte dos governos e na probabilidade de um impacto sobre as expectativas de crescimento.

Mais cedo na sexta-feira, o Banco do Japão reduziu a sua previsão de PIB real para 2021, com crescimento projetado de 3,8% em comparação com a previsão de 4,0% feita em abril, enquanto o Goldman Sachs reduziu suas previsões de crescimento para 2021 para a maioria dos países da região, citando o ressurgimento Covid-19.

Soma-se à pressão descendente a notícia de que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos resolveram o seu impasse, uma medida que pode levar o grupo de maiores produtores, conhecido como Opep+, a expandir a produção no mercado global.

A Bloomberg noticiou que os EAU conseguiram a sua desejada nova linha de base de 3,65 milhões de barris por dia para os seus cortes na produção, e agora irá apoiar uma proposta da Arábia Saudita de estender a duração do acordo de cortes da Opep+ até dezembro de 2022.

Embora isto venha a resultar em mais petróleo chegando ao mercado global, também acabaria com as incertezas sobre os níveis de oferta que tiveram peso recentemente, em especial com a maioria das organizações enxergando um mercado mais apertado nos próximos meses.

"É evidente que, antes de podermos ver um acordo entre todos os membros, é necessário haver uma outra reunião", afirmaram os analistas do ING em um relatório.

Ao final da sexta-feira, os investidores analisarão os dados de plataformas de perfuração da Baker Hughes e os dados semanais da Commodity Futures Trading Commission sobre os compromissos dos investidores em busca de pistas sobre o futuro da oferta nos EUA e o posicionamento do mercado.

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