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Possível entrada do Irã na guerra em Israel faria petróleo disparar

Publicado 12.10.2023, 17:03
Atualizado 13.10.2023, 11:53
Possível entrada do Irã na guerra em Israel faria petróleo disparar

A deflagração do confronto entre Israel e Hamas no sábado (7.out.2023) levantou dúvidas sobre a possível extensão do conflito a outros países. Isso porque o grupo extremista palestino tem uma relação complexa com o Irã, uma potência militar e econômica que forneceu apoio político e financeiro à organização ao longo de anos, incluindo armas e financiamento.

Mesmo tendo negado qualquer participação no ataque em 7 de outubro, o governo iraniano celebrou a investida palestina e aumentou a incerteza de uma possível intervenção direta na guerra. Além de um arsenal militar robusto, um envolvimento do Irã teria impactos econômicos à nível mundial, em especial por causa da maior vantagem geopolítica do país: o controle do estreito de Ormuz.

Segundo dados do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o preço do barril deve ficar em US$ 86,5o. Entretanto, se o estreito de Ormuz for fechado, este valor pode disparar. Estimativas inicias indicam um possível aumento nos preços do barril para US$ 110.

Em conversa com o Poder360, o sócio e diretor do CBIE, Pedro Rodrigues, disse que o mundo vive uma situação inédita, com 2 conflitos simultâneos próximos a países com grandes reservas petrolíferas. Para Rodrigues, o mundo já vive as consequências das sanções às commodities russas e um bloqueio do estreito de Ormuz e eventuais sanções ao Irã deixariam o cenário global ainda mais complicado.

“Você está tendo duas guerras simultâneas, isso tudo, sem dúvida, vai trazer volatilidade para o preço do barril”, disse o sócio e diretor do CBIE. “Em menor ou maior grau você vai ter essa tendência de volatilidade nas próximas semanas e meses”, afirmou.

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O ESTREITO DE ORMUZ

O estreito de Ormuz é o gargalo mais importante do comércio global de petróleo. Segundo dados do centro de pesquisa, Strauss Center, cerca de 1/3 da produção mundial do óleo atravessa o local de aproximadamente 54 km de extensão.

Em 2021, cerca de 17 milhões de barris por dia foram transportados pelo estreito via transporte marítimo. Aproximadamente 88% do petróleo produzido no golfo Pérsico, onde estão os principais produtores do mundo, passam por Ormuz.

O estreito de Ormuz é a única ligação do golfo Pérsico com o mar Arábico e também é importante para o transporte de GNL (Gás Natural Liquefeito) do Qatar. O país é o maior fornecedor mundial do produto. Em caso de fechamento da via, o petróleo produzido na região teria que ser transportado por oleodutos, que não tem a mesma vazão que o transporte marítimo.

A alternativa mais viável ao estreito para as exportações de petróleo é o oleoduto Leste-Oeste, que atravessa a Arábia Saudita e tem capacidade de transportar cerca de 5 milhões de barris de óleo por dia. A commodity pode viajar por meio desse duto até o porto de Yanbu, na Arábia Saudita, para ser exportado por meio do mar Vermelho. Entretanto, o cenário levaria a um brusco aumento nos custos de transporte e na queda da oferta do óleo.

Na 2ª feira (9.out), o mercado reagiu ao início da guerra com uma valorização de 5,22% no preço do barril de óleo, que foi negociado a US$ 89. Mesmo sem grandes produtores de petróleo envolvidos, o aumento da volatilidade da commodity é uma reação a partir da deflagração de conflitos dessa escala na região mais estratégica do mundo para o setor petrolífero.

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A ameaça de fechar o estreito de Ormuz é uma estratégia recorrente do governo iraniano em momentos de tensões geopolíticas. Em 2019, o país ameaçou fechar a via depois que os Estados Unidos enviaram militares para a região depois de Teerã abater um drone norte-americano que sobrevoava o golfo Pérsico.

Em 2012, o Irã já havia ameaçado fechar o estreito depois que a UE (União Europeia) e os EUA anunciaram sanções comerciais e econômicas ao país islâmico.

ENTENDA O CONFLITO

Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.

O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.

O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.

A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.

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Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.

ATAQUE A ISRAEL

O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.

Os ataques do Hamas se concentram, até o momento, ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.

O tenente-coronel israelense, Richard Hecht, afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.

Leia mais em Poder360

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