A Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), arrecadou R$ 4,71 bilhões em 2022 com a comercialização da parcela de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção. A arrecadação recorde é cerca de quatro vezes a registrada em 2021, quando foram arrecadados R$ 1,22 bilhão.
Todos os recursos arrecadados são direcionados ao Tesouro Nacional. "O resultado é reflexo do aumento da produção nos contratos de partilha de produção e da conjuntura do mercado internacional de preços de petróleo", disse a empresa em nota.
Ao longo de 2022, foram entregues 22 cargas de petróleo da União, totalizando 10,9 milhões de barris. O montante foi dividido em dez cargas do campo de Mero, quatro de Tupi, quatro de Búzios, três de Entorno de Sapinhoá e uma de Sépia.
À exceção desta última, que contou com um processo de comercialização em separado, vencido pela Galp Energia Brasil, as demais foram comercializadas em leilão realizado na B3 (BVMF:B3SA3), em 2021, que teve como vencedora a Petrobras (BVMF:PETR4). No período, também foram comercializados, para a Petrobras, 64,89 milhões de metros cúbicos de gás natural dos Campos Sapinhoá, Tupi, Búzios e Tartaruga Verde.
"Em 2021, comercializamos 3,5 milhões de barris de petróleo da União, enquanto, em 2022, saltamos para quase 11 milhões de barris. Nossos estudos demonstram que o crescimento continuará acelerado. Hoje, a média diária de petróleo da União é de 40 mil barris. Em cinco anos será de 450 mil barris e em dez anos de quase 900 mil", disse em nota o presidente da PPSA, Eduardo Gerk.
Segundo o executivo, a PPSA colheu em 2022 os resultados obtidos no leilão na B3 em 2021.
"Nosso próximo passo será a realização de um novo leilão de grande porte em 2024, para a comercialização de cargas futuras da União", explicou o executivo.
Desde 2013, quando foi instituída, a PPSA já arrecadou R$ 8,63 bilhões para a União, sendo R$ 7,33 bilhões com a atividade de comercialização do petróleo e gás e R$ 1,3 bilhão com equalização de gastos e volumes realizada pela companhia em áreas onde a União tem participação nos Acordos de Individualização da Produção (AIPs).