Money Times - A esperada queda dos preços do minério de ferro trouxe o valor da commodity para um nível mais próximo dos fundamentos do setor e que reflete melhor a oferta e demanda global, avalia o BTG Pactual (SA:BBTG11) em um relatório enviado a clientes.
Em abril, os analistas Leonardo Correa e Caio Ribeiro já chamavam a atenção para os elevados preços (em torno de 80 a 90 dólares a tonelada).
“Naquela época, também apontávamos os principais riscos: aceleração da oferta das principais mineradoras, o retorno da oferta adjacente, demanda em queda, correção dos spreads dos metais na China, a piora do sentimento nos mercados futuros e um excesso de estoques de minério de ferro”, explicam.
O banco avalia que esses riscos se materializaram e os preços corrigiram rapidamente a um nível abaixo de US$ 60, que é mais “razoável”.
“Embora vejamos uma maior fraqueza no segundo semestre (US$ 40), os riscos de curto prazo parecem equilibrados, considerando a recente expansão dos spreads metálicos na China. No entanto, a recente mudança nos preços é indicativa de como a formação dos preços à vista poderia ser distorcida por mudanças no sentimento nos mercados futuros da China (Bolsa de Dalian)”, ressalta o BTG.
A recomendação, portanto, é vender quando houver um novo rali de preços.
Vale e CSN
O BTG ressalta que, apesar de ver a Vale (SA:VALE5) como uma empresa muito bem gerenciada, a expectativa de queda adicional nos preços do minério de ferro deverá continuar a guiar o desempenho das ações. Com isso, a recomendação continua em neutra. Para a CSN (SA:CSNA3), que ainda luta para revisar a sua estrutura de capital, a indicação é de venda.
Por Money Times