Investing.com - Preços do ouro estavam próximos à mínima de três semanas nesta sexta-feira, já que a força do dólar continuava a pressionar o metal precioso e o apetite ao risco no mercado de capitais continuava em pleno vapor.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos de ouro com vencimento em dezembro recuavam US$ 0,57, ou cerca de 0,04%, para US$ 1.269,03 a onça troy às 06h01.
Esse valor ainda é próximo de US$ 1.266,28, mínima intradiária atingida no início da sessão, o menor nível desde 6 de outubro.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,20% para 94,74. Está próximo de 94,98, máxima de três meses atingida em 20 de julho.
O ouro é sensível a movimentos do dólar uma vez que ganhos na moeda tornam o metal precioso mais caro para detentores de modas estrangeiras.
O dólar encontrava mais sustentação durante a noite após a Câmara dos Representantes dos EUA ter aprovado uma resolução orçamentária, abrindo o caminho para que o Congresso avance com "cortes massivos de impostos" propostos pelo presidente Donald Trump.
A moeda norte-americana estava em alta no início da quinta-feira em relação ao euro uma vez que a moeda única sentia pressão da decisão do Banco Central Europeu de reduzir suas compras de títulos embora estendendo seu programa de estímulo monetário por um período de nove meses.
Mario Draghi, presidente do BCE, indicou que o programa de compra de ativos do banco central possui "final em aberto", deixando a porta aberta para um período prolongado de estímulo monetário além de setembro de 2018.
Draghi ainda assegurou os participantes do mercado que o BCE continuaria a reinvestir o pagamento de capital dos títulos que vencem no programa bem depois que a autoridade monetária deixar de aumentar o seu balanço patrimonial.
Investidores também estava cautelosos antes de dados norte-americanos ainda na sessão de sexta-feira.
Os EUA deverão divulgar os números preliminares do crescimento econômico do terceiro trimestre às 10h30 desta sexta-feira.
Espera-se que o relatório mostre o crescimento desacelerando de uma taxa anual de 3,1% para 2,6% neste momento, com uma redução atribuída aos furacões Harvey e Irma ocorrida nas vendas no varejo, produção industrial, construção de imóveis e vendas de imóveis.
Investidores também estarão atentos à revisão da Universidade de Michigan de seu índice da percepção do consumidor em outubro, com divulgação prevista para o meio-dia.
Ainda no mercado de metais, a prata recuava 0,27% para US$ 16,776 a onça troy.
A platina caía 0,34%, cotada a US$ 919,00 a onça troy, enquanto o paládio recuava para 0,77% para US$ 970,67 a onça; os dois metais atingiram mínima de uma semana durante a noite.
O cobre recuava 1,49% para US$ 3,130 a libra após autoridades chinesas reafirmarem que a economia do país está no caminho de atingir a meta oficial de crescimento mesmo com a desaceleração no mercado imobiliário.