Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram para uma máxima de seis semanas nesta segunda-feira, com a produção dos EUA demorando a retornar duas semanas após o furacão Ida atingir a costa do Golfo e em meio a preocupações de que outra tempestade possa afetar a produção no Texas esta semana.
Os ganhos de preço ocorreram apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ter reduzido sua previsão de demanda mundial de petróleo para o último trimestre de 2021 devido à variante Delta do coronavírus.
Os futuros do Brent avançaram 0,59 dólar, ou 0,8%, para fechar em 73,51 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,73 dólar, ou 1,1%, para fechar em 70,45 dólares.
Esse foi o maior valor de fechamento do Brent desde 30 de julho e o maior fechamento do WTI desde 3 de agosto.
"O impacto do furacão Ida está durando mais do que o mercado esperava e, como parte da capacidade de produção de petróleo permanece fechada esta semana, os preços estão subindo pelo fato de o fornecimento não estar sendo restaurado e, portanto, não estar alcançando as refinarias que reiniciaram as operações mais rápido do que os produtores", disse Nishant Bhushan, analista de mercados de petróleo da Rystad Energy.
Outras perturbações causadas pelo mau tempo podem aparecer a qualquer momento, com o Centro Nacional de Furacões dos EUA projetando que a tempestade tropical Nicholas vai se espalhar ao longo da costa do sul do Texas na segunda-feira e chegará perto da cidade de Corpus Christi no final da noite.
A Royal Dutch Shell (NYSE:RDSa) (SA:RDSA34) começou a evacuar funcionários de uma plataforma de petróleo do Golfo do México, nos Estados Unidos, e outras empresas começaram a se preparar para ventos fortes de furacão.
(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Naveen Thukral e Florence Tan em Cingapura)