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SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de milho "safrinha", como é conhecida a segunda safra do centro-sul do Brasil, está estimada em 95,96 milhões de toneladas na temporada 2024/25, apontou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, que reduziu a sua previsão em 500 mil toneladas.
Houve um ajuste na projeção de área plantada devido ao tempo seco, que também impactou a produtividade no norte do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, explicou o analista Paulo Molinari, em nota.
"Nas demais regiões, contudo, as condições para a safrinha estão ótimas", disse o especialista.
O Brasil é o terceiro maior produtor de milho, atrás de Estados Unidos e China, figurando em segundo na exportação, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
A segunda safra responde pela maior parte da produção do cereal no centro-sul, numa fatia de 71%, segundo números da consultoria. Mas as lavouras ainda precisam contar com clima favorável até a colheita, iniciada em junho em alguma áreas.
A consultoria estima que a "safrinha", plantada após a colheita da soja, terá um aumento de cerca de 10 milhões de toneladas na comparação com a temporada passada, com um crescimento de área de 4,1%, para 15,317 milhões de hectares.
O rendimento médio foi estimado em 6.265 quilos por hectare, acima dos 5.839 quilos por hectare obtidos na safrinha 2023/24.
Assim, a produção brasileira de milho em 2024/25, considerando a primeira safra e a produção do Norte e Nordeste, deverá totalizar 135,124 milhões de toneladas, versus 125,56 milhões de toneladas no ciclo passado, segundo a Safras.
(Por Roberto Samora)