SÃO PAULO (Reuters) - O confinamento bovino terá queda de 0,79% em 2021 na comparação com o ano passado, para 4,24 milhões de animais, em meio a um aumento de custos com grãos, apontou nesta terça-feira a StoneX, ao divulgar a primeira pesquisa sobre o assunto para o ano.
A redução é limitada por maior intenção de confinar bois em Estados como Mato Grosso e Goiás, onde as matérias-primas são mais abundantes, acrescentou a consultoria, citando ainda que essas regiões têm grandes estruturas para a atividade.
Em Mato Grosso, o confinamento deverá avançar para 964,8 mil cabeças, cerca de 100 mil a mais na comparação anual, enquanto em Goiás o crescimento é mais modesto, para 833,8 mil aninais.
Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul deverão ver um recuo no confinamento este ano.
A StoneX disse ainda que o país deverá registrar média de 50% da capacidade estática dos confinamentos, com a maior utilização ficando para o segundo giro, indicando a maior oferta vinda da pecuária intensiva no segundo semestre.
A StoneX informou também que cerca de 36% dos entrevistados ainda necessitam comprar metade de seus insumos para alimentação dos animais, enquanto apenas 25% já garantiram 100% de seus insumos.
"Com as máximas renovadas das cotações dos grãos, o produtor está com um menor poder de compra. Esse cenário é devido ao aumento dos preços dos grãos e, consequentemente, à diminuição da relação de troca do pecuarista entre boi e milho, por exemplo", notou.
(Por Roberto Samora)