São Paulo, 26 - O Brasil deve colher 152,6 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, de acordo com estimativa da representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF). A projeção representa queda de 3,9% ante a estimativa anterior, de janeiro, de 158,5 milhões de toneladas. O volume fica abaixo do estimado para 2022/23, de 162 milhões de toneladas, e para 2024/25, de 157,5 milhões de toneladas.
O USDA em Brasília manteve a previsão da área plantada da oleaginosa em 45,2 milhões em 2023/24, pouco abaixo do projetado para 2024/25, de 45,6 milhões de hectares, mas acima dos 44,6 milhões de hectares de 2022/23.
Além disso, a estimativa de rendimento para a safra 2023/24 foi reduzida para 3.376 kg/ha, menor do que o estimado para a safra anterior, de 3.632 kg/ha, e abaixo da projeção para a próxima safra, de 3.450 kg/ha.
Quanto às exportações, o País deve embarcar 95 milhões de toneladas em 2023/24, 5% abaixo da estimativa anterior, de 100 milhões de toneladas. O volume fica 9% abaixo dos 103,9 milhões de toneladas de 2022/23.
O USDA atribuiu a redução à "menor produção estimada devido ao mau tempo no fim do ano passado e ao aumento da demanda doméstica, impulsionada por uma maior exigência de biocombustíveis". Para 2024/25, contudo, a estimativa é de que as exportações alcancem 99 milhões de toneladas, com uma demanda internacional sólida.
De acordo com o USDA, o esmagamento deverá totalizar 54,5 milhões de toneladas em 2023/24, recuo de 3% ante a previsão anterior. O volume é ligeiramente maior que a estimativa para 2022/2023, de 54,2 milhões de t, mas abaixo dos 55 milhões de t projetados para 2024/25.
A produção de farelo deve ser de 42,3 milhões de t em 2023/24, ante estimativas de 42 milhões de t em 2022/23 e de 42,6 milhões de t em 2024/25. Já a produção do óleo de soja deve ficar em 10,5 milhões de t na temporada atual, enquanto em 2022/23 a estimativa é de 10,4 milhões de t e a de 2024/25 é de 10,6 milhões de t.