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Introdução e contexto de mercado
A Africa Oil Corp. apresentou seus resultados de 2024 e perspectivas de negócios em 28.02.2025, destacando um ano transformador para a empresa. A apresentação, liderada pelo Presidente e CEO Roger Tucker junto com a equipe executiva, focou no reposicionamento estratégico da empresa através da iminente aquisição da Prime, desempenho consistente de produção e oportunidades em expansão na Bacia Orange.
A empresa opera em um cenário energético africano desafiador, mas rico em oportunidades, onde seu foco estratégico em ativos de alta qualidade e retornos aos acionistas visa diferenciá-la dos concorrentes.
Resumo executivo
A Africa Oil relatou ter atingido suas metas de produção para 2024, enquanto retornou US$ 67,9 milhões aos acionistas através de dividendos e recompras de ações. A empresa executou três transações estratégicas durante o ano para fortalecer e reduzir riscos em seu portfólio, sendo a mais significativa a consolidação da Prime, com fechamento previsto para cerca de 07.03.2025.
Como mostrado nos seguintes destaques da apresentação:
A empresa concluiu a avaliação de Venus na Bacia Orange da Namíbia e aumentou sua participação na Impact Oil & Gas, ampliando sua exposição ao que a administração descreve como um ativo-chave de crescimento. Essas conquistas ocorreram apesar dos desafios financeiros na segunda metade de 2024, com resultado líquido negativo reportado no 3º tri e 4º tri.
Destaques do desempenho trimestral
A Africa Oil manteve produção consistente ao longo de 2024, com produção anual de interesse de trabalho de 17.000 barris de óleo equivalente por dia (boepd), dentro da faixa de orientação de 16.500-18.500 boepd. A produção com direito atingiu 19.400 boepd, também dentro da faixa de orientação de 18.000-21.000 boepd.
O gráfico de produção trimestral demonstra essa consistência:
A empresa alcançou um preço médio de venda em 2024 de US$ 84,6/bbl, superando o preço médio do Dated Brent de US$ 82,7/bbl. No entanto, nenhuma carga foi levantada no 4º tri de 2024, com até cinco cargas programadas para levantamento no 1º tri de 2025, o que reverterá um significativo sublevantamento causado por adiamentos.
O desempenho financeiro mostrou tendências preocupantes na segunda metade de 2024. O lucro líquido tornou-se negativo no 3º tri (US$ -3,2 milhões) e deteriorou-se significativamente no 4º tri (US$ -100 milhões). O EBITDAX da Prime mostrou um padrão de declínio semelhante até o 3º tri antes de disparar para aproximadamente US$ 250 milhões no 4º tri, enquanto o CFFO permaneceu baixo em torno de US$ 15 milhões.
Iniciativas estratégicas
O desenvolvimento estratégico mais significativo é o iminente fechamento do acordo da Prime, esperado para cerca de 07.03.2025. Esta transação mudará substancialmente o perfil financeiro da Africa Oil e sua política de retorno aos acionistas.
Como detalhado no slide a seguir, a empresa planeja implementar uma nova política de dividendos após o fechamento:
A nova política inclui um dividendo base anual de US$ 100 milhões (aproximadamente US$ 0,15 por ação), representando uma triplicação da distribuição anual atual de US$ 0,05 por ação. Adicionalmente, a Africa Oil se compromete a distribuir 50% do fluxo de caixa livre líquido do dividendo base para dividendos especiais e/ou recompras de ações.
A empresa encerrou 2024 com um saldo de caixa combinado da AOC e Prime (100%) de aproximadamente US$ 461 milhões, fornecendo uma base sólida para este programa aprimorado de retorno aos acionistas.
Oportunidades de crescimento
A Africa Oil está estrategicamente posicionada na Bacia Orange, abrangendo Namíbia e África do Sul, que a empresa considera uma área-chave de crescimento. A descoberta de Venus na Namíbia completou um programa de avaliação bem-sucedido, com estudos de desenvolvimento visando 150.000 barris de petróleo por dia e uma decisão final de investimento esperada para o primeiro semestre de 2026.
O mapa a seguir ilustra a posição da empresa nesta região promissora:
A Africa Oil aumentou sua participação na Impact Oil & Gas para 39,5%, ampliando sua exposição a oportunidades de exploração na região. A exploração em andamento inclui o recém-perfurado poço Marula-1X e o poço Tamboti-1X já perfurado, com o Olympe-1X planejado para 2025.
Na África do Sul, a empresa detém uma participação de 18% no Bloco 3B/4B, com a TotalEnergies operando o bloco após uma redução que garantiu até US$ 46,8 milhões, incluindo cobertura de exploração para a Africa Oil.
Análise financeira
A construção do valor líquido dos ativos (NAV) da Africa Oil mostra potencial significativo de valorização em comparação com a avaliação atual de mercado. O NAV principal da empresa é de aproximadamente US$ 1,4 bilhão, com valor adicional da Namíbia (~US$ 350 milhões) e Bloco 3B/4B (~US$ 50 milhões), elevando o NAV total para cerca de US$ 1,8 bilhão.
Esta análise de avaliação é ilustrada no gráfico a seguir:
Com um preço de ação de C$ 1,91 em 24.02.2025 e uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 585 milhões (C$ 835 milhões), a empresa negocia com um desconto implícito de 35-49% em relação aos seus NAVs principais e totais pro forma. A capitalização de mercado pro forma é estimada em aproximadamente US$ 900 milhões.
A estratégia de alocação de capital da empresa concentra-se em quatro áreas principais: solidez do balanço, retornos aos acionistas, crescimento orgânico e oportunidades de crescimento inorgânico:
A Africa Oil visa manter uma liquidez mínima de US$ 150 milhões e manter sua relação Dívida líquida/EBITDAX LTM abaixo de 1,0x. A empresa planeja refinanciar e otimizar a estrutura de dívida da Prime, enquanto busca crescimento orgânico através de aumentos de produção de ciclo curto e oportunidades seletivas de crescimento inorgânico na África.
Declarações prospectivas
Olhando para 2025, a Africa Oil delineou seus planos operacionais para a Nigéria, focando em perfuração de preenchimento após insights sísmicos 4D no PML 2/3 (Akpo/Egina), com uma campanha de perfuração para Egina começando no 1º tri de 2025. Para o PML 52 (Agbami), a empresa está avaliando dados sísmicos para uma potencial campanha de perfuração em 2026, com uma paralisação completa para manutenção programada para o 4º tri de 2025.
A empresa se posiciona como uma oportunidade de investimento baseada em produção de alto retorno líquido, crescimento orgânico financiado, balanço robusto e política transparente de retornos aos acionistas:
A administração acredita que a Africa Oil está posicionada para ser um player líder na consolidação do espaço de E&P Independente, aproveitando seus ativos estratégicos e flexibilidade financeira para criar valor para os acionistas.
Embora a apresentação destaque numerosas oportunidades, os investidores devem observar a significativa perda no 4º tri de 2024 e avaliar cuidadosamente os riscos de execução associados à consolidação da Prime e ao cronograma de desenvolvimento da descoberta de Venus na Namíbia.
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Apresentação completa: