Por Krishna N. Das
NOVA DÉLHI (Reuters) - As vacinações diárias contra Covid-19 da Índia caíram acentuadamente em relação à alta histórica atingida no início deste mês, já que empresas domésticas estão com dificuldade para intensificar a produção e as importações são limitadas, além de o país estar combatendo a pior disparada de infecções do mundo.
As inoculações diárias atingiram a média de 2,5 milhões desde que alcançaram o pico de 4,5 milhões no dia 5 de abril. O quádruplo de casos de coronavírus durante o período devastou o sistema de saúde de muitas regiões do país.
A Índia, que tem a maior capacidade produtiva de vacinas do mundo, imunizou total ou parcialmente só 12% de seus 1,35 bilhão de habitantes, de acordo com dados do portal governamental Co-Win.
Previsões públicas de seus dois únicos produtores de vacinas mostram que sua produção mensal total de 70 a 80 milhões de doses só aumentará em dois meses ou mais, mas o número de pessoas habilitadas a se imunizar dobrou e chegou a cerca de 800 milhões desde 1º de maio.
No sábado, a Índia recebeu 150 mil doses da vacina russa Sputnik V, e o governo disse que mais "milhões de doses" virão.
A Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) disse nesta segunda-feira que está conversando com o governo indiano em busca de uma "rota de aprovação acelerada" para sua vacina.
A Índia também convidou Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) e Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) a venderem suas vacinas ao país.
(Reportagem adicional de Manash Mishra)