CriptoFácil - Mesmo diante dos recentes processos movidos pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Binance e a Coinbase (NASDAQ:COIN), os detentores de longo prazo de Bitcoin permanecem inabaláveis.
Dados divulgados pela Glassnode, provedora de análise de mercados de criptomoedas, indicam que a porcentagem do fornecimento de Bitcoin de titulares de longo prazo enviada às exchanges é surpreendentemente baixa, ficando em apenas 0,004%.
Esta resiliência dos investidores é vista como uma confiança inabalável no potencial do Bitcoin para revolucionar o cenário financeiro. Esta convicção atua como um escudo contra as atuais turbulências do mercado.
Contrariando as expectativas de um êxodo em massa de criptomoedas devido aos recentes processos contra a Coinbase e a Binance, a análise da Glassnode desmente essa premissa.
A empresa classifica como detentores de longo prazo aqueles que mantêm seu BTC por mais de 155 dias. Notavelmente, estes indivíduos não demonstraram qualquer inclinação para liquidar seus ativos, mesmo em meio às dificuldades das plataformas de negociação.
Investimentos em Bitcoin
No vasto universo de esforços da SEC para classificar ativos digitais como valores mobiliários, o Bitcoin se destaca como uma exceção. A estrutura da SEC, baseada no famoso Teste de Howey, enfrenta desafios quando aplicada à principal criptomoeda do mundo.
O Teste de Howey é uma referência de um caso da Suprema Corte de 1946, que envolveu a venda e relocação de laranjais na Flórida por WJ Howey Co. O tribunal considerou estes contratos de investimento, exigindo seu registro na SEC.
Este caso estabeleceu a definição de um valor mobiliário como “um investimento de dinheiro em uma empresa comum com lucros provenientes exclusivamente dos esforços de outros”. No entanto, os atributos únicos do BTC desafiam essa medida.
Figuras proeminentes dentro da SEC, como o atual presidente Gary Gensler e o ex-chefe Jay Clayton, têm consistentemente expressado a crença de que o Bitcoin não se enquadra na definição de um valor mobiliário.
Gensler reafirmou esta posição em comentários públicos recentes, afirmando inequivocamente: “Não é”.