Investing.com - O mercado de futuros do bitcoin se prepara para uma forte competição entre as bolsas globais em meio ao lançamento dos primeiros contratos na próxima semana. Os traders que operam a criptomoeda ficarão de olho na demanda institucional pelos papéis aguardando uma onda de novos recursos no criptomercado.
O início de negociação de futuros em bolsas tradicionais - e sua aprovação pelos órgãos reguladores - poderá provocar a chegada de bilhões de dólares de olho nas grandes flutuações de preço do bitcoin e a expectativa de valorização com o desenvolvimento do criptomercado.
Além de facilitar o acesso dos grandes investidores às moedas digitais, a presença dos futuros em instrumentos tradicionais ajuda no sentimento de uma 'oficialização' do criptomercado, ainda muito associado por investidores tradicionais à falta de controle, dada sua descentralização de gestão e de operação.
A competição pelos recursos dos investidores em futuros do bitcoin promete ser acirrada, com o lançamento dos instrumentos das gigantes CME e CBOE ainda neste mês.
A primeira a colocar seu produto em operação será a CBOE, que marcou a primeira negociação para o próximo domingo (11), uma semana antes de sua concorrente CME, que lança os futuros no dia 18.
Outras exchanges deverão seguir esse movimento, de olho no furor provocado pela disparada do criptomercado em 2017. A Nasdaq poderá entregar produto semelhante em 2018, assim como a bolsa Tokyo Financial Exhcange, principal do Japão, que passou a estudar o assunto, segundo informou seu CEO, Shoza Ohta.
Na semana passada, o ex-executivo da Nymex, John D’Agostino, disse em entrevista ao Wall Street Journal que todas as exchanges internacionais devem estar se perguntando se 'podem fazer isso'. O maior custo de lançar um produto, segundo ele, é o marketing e, se os investidores já querem negociar, 'por que você não iria querer?'.
Diferenças nos contratos
Até o momento, apenas a CBOE e a CME informaram sua metodologia para operar os futuros, o que, no médio prazo, poderá ser significativo para mitigar riscos, estabilizar preços e atrair investidores.
A CME terá sua cotação baseada em índice calculado pela Cryptofacilities, com dados de preço e volume negociados pelas exchangesa Bitstamp, GDAX, itBit e Kraken; enquanto a CBOE optou por uma parceria com a exchange Gemini, dos irmãos Winklevoss, para fixar a cotação com base em um leilão diário organizado pela empresa. Ambos os contratos serão conversíveis em dólar um dia após o vencimento.
O limite de contratos disponibilizados para cada cliente também será diferente entre as duas exchanges. A CME liberará 1.000 contratos para cada investidor, menos de 1% do total disponível para negociação. Já a CBOE autorizará os traders a possuírem até 5.000 contratos, somada todas suas posições long ou short, com disponibilidade de negociação 23 horas por dia.
Traders aguardam dados de futuros
Enquanto os investidores de bitcoin surfam novo rali que levou a criptomoeda a novo recorde de US$ 11.961, na Bitfinex, a aproximação do início de negociação de futuros da moeda digital trará cautela e instabilidade ao mercado.
Traders estarão acompanhando de perto o interesse dos investidores pelo bitcoin e as apostas em long e short, que poderão indicar uma nova tendência para a criptomoeda.
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