O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que “não tem intenção de proibir” o Bitcoin e as criptomoedas como fez a China.
A declaração foi feita na quinta-feira (30) perante o Congresso dos Estados Unidos durante uma audiência do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara.
Na ocasião, Powell foi questionado por Ted Budd, republicano conservador da Carolina do Norte se o Fed tinha pretendia seguir os passos chineses:
“É sua intenção proibir ou limitar o uso de criptomoedas, como estamos vendo na China?” Budd perguntou ao principal regulador do banco central mencionando os comentários de Powell de que a criação de um dólar digital poderia tornar as moedas digitais irrelevantes.
Em resposta, Powell disse que “não”. Ele esclareceu que havia se referido às stablecoins em sua declaração anterior e não a todas as criptomoedas.
“Não há intenção de bani-los. Mas, você sabe, stablecoins são como fundos do mercado monetário, são como depósitos bancários. Mas estão, até certo ponto, fora do perímetro regulatório. É apropriado que sejam regulamentados. Mesma atividade, mesma regulação.”
Proibição da China ao Bitcoin Conforme noticiado pelo CriptoFácil, o Banco Popular da China proibiu todas as transações com criptomoedas e a oferta de serviços com criptoativos na última sexta-feira (24). Como consequência, o preço das criptomoedas despencou, embora já esteja se recuperando
Após as novas restrições, muitos mineradores de criptomoedas da China migraram para os Estados Unidos.
Além disso, as criptomoedas como um todo estão ganhando mais destaque nos EUA. Assim, o mercado está sendo monitorado de perto quanto às questões regulatórias.
Fed e stablecoins
O presidente do Fed já havia compartilhado anteriormente suas preocupações com as moedas digitais estáveis.
Em julho, o Fed afirmou que as stablecoins, principalmente USDT, precisam de uma estrutura regulatória mais forte.
Na época, Powell observou que o USDT não é totalmente garantido por dólares americanos em um banco, mas por uma mistura de dólares reais e outros ativos.
De acordo com Powell, as regulamentações garantirão que os consumidores consigam sacar seu dinheiro no caso de uma crise.