CriptoFácil - Os sistemas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, foram alvos de um ataque hacker. Para liberar acesso aos sistemas, os invasores pediram um “resgate” a ser pago em Bitcoin (BTC).
O valor em BTC que os hackers pediram não veio à público. Além disso, a ANA também não informou se pagou o se pretende pagar o valor pedido. No entanto, na quinta-feira (5) a agência nacional emitiu um comunicado informando que conseguiu retomar alguns serviços apesar da invasão cibernética.
Conforme noticiou o Estadão, o ataque aconteceu no último dia 27 de setembro e em razão disso, os sistemas da ANA estão indisponíveis há mais de uma semana.
Ataque hacker e pagamento em Bitcoin
O ataque hacker impactou o trabalho de monitoramento da agência sobre a seca no Amazonas, que é a mais severa dos últimos 40 anos. Além disso, a ANA não consegue monitorar as chuvas no Rio Grande do Sul, que já causaram mais de 50 mortes.
Sem informar se pagou ou não o Bitcoin exigido, a ANA comunicou que retomou os seguintes serviços: o Monitor de Secas, a Ficha de Campo, bem como o portal de metadados no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (Snirh).
“A ANA seguirá retomando gradualmente seus sistemas a partir de um ambiente seguro”, acrescentou a agência. “Desde o ataque cibernético, em busca de alternativas para normalizar a situação de seus sistemas, a ANA tem mantido uma interlocução contínua com órgãos públicos que sofreram ataques cibernéticos recentemente e com instituições que lidam com segurança cibernética.”
Infelizmente, ataques como este, com pedido de “resgate” em Bitcoin, não são incomuns. Cibercriminosos já invadiram servidores da Prefeitura de Tupã, município localizado no interior do estado de São Paulo. Também hackearam o sistema eletrônico de clínicas de saúde da família da Prefeitura do Rio de Janeiro durante a pandemia.
Em geral, as entidades públicas brasileiras tentam a não pagar o resgate que os hackers solicitam. Mas ainda não se sabe se a ANA seguirá esse caminho.