O Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), maior e-commerce da América Latina, planeja entrar no mercado de criptomoedas, conforme relatou Osvaldo Giménez, presidente de fintech da empresa. Segundo o executivo, a empresa visa o mercado de compra e envio de criptomoedas.
Dessa forma, a gigante argentina pode seguir os passos de seus pares internacionais, como PayPal (NASDAQ:PYPL) (SA:PYPL34) e CashApp. As duas plataformas lançaram serviços que permitem compra, venda e custódia de criptomoedas.
Executivo enxerga “revolução” das criptomoedas
Para Giménez, o Mercado Livre enxerga um grande potencial nas criptomoedas em pelo menos duas áreas. A primeira delas, conforme mencionado anteriormente, é o setor de compra e venda de criptomoedas, no qual o executivo enxerga uma grande “revolução.”
“Isso de começar a negociar criptomoedas… Estamos convencidos de que há um potencial muito grande. Acreditamos que isso pode ser uma revolução em finanças. Vamos ver qual é a melhor maneira, mas de alguma forma vamos participar”, afirmou.
Giménez também destacou que a empresa já deu uma prova de que enxerga valor nas criptomoedas ao liberar compra e venda de imóveis com Bitcoin (BTC). As operações foram liberadas em abril e serviram para mostrar que bens podem ser cotados em criptomoedas.
Setor de crédito abre oportunidades
Em segundo lugar, o executivo afirmou que a empresa também estuda a possibilidade de expandir seus meios de pagamento para outras criptomoedas. Segundo Giménez, o mercado de crédito argentino é um dos menores da América Latina, muito menor do que países como Brasil e Uruguai, por exemplo.
No entanto, a Argentina possui a terceira maior população da região, com quase 45 milhões de habitantes. Ou seja, o mercado local oferece desafios e, simultaneamente, grandes oportunidades.
Atualmente, o Mercado Livre oferece serviços como cartões de crédito, contas digitais e pagamentos via QR Code. Portanto, a empresa possui infraestrutura necessária para expandir esses serviços e, quem sabe, incluir criptomoedas.
“Nós nunca dizemos quais produtos vamos criar mas temos visto o que eles (PayPal, CashApp) estão fazendo. É algo que estamos analisando de perto, então vamos analisar até o dia em que, enfim, pudermos fazer um anúncio”, disse Giménez.
Além da venda de imóveis, o Mercado Livre também adquiriu R$ 41,7 milhões em BTC como parte de sua estratégia de tesouraria. Por fim, o CEO do Marcos Galperin é um apoiador declarado do BTC. Então, é possível que o anúncio mencionado por Giménez seja realizado em breve.