Não é de hoje que criminosos aproveitam dos recursos da internet para aplicar golpes contra usuários nas redes sociais.
Segundo uma pesquisa realizada pelo dfndr lab, laboratório de segurança digital, mais de 300 mil pessoas foram enganadas por crimes envolvendo falsos perfis de participantes do Big Brother Brasil (BBB).
Os dados divulgados pelo Cointelegraph Brasil na quarta-feira (24) reforçam os riscos de golpes também na criptoesfera.
Golpes através de redes sociais
A pesquisa identificou mais de 60 perfis falsos de participantes do BBB nas redes sociais, principalmente no Instagram, Facebook e Twitter.
Segundo a análise, os golpistas utilizam imagens dos confinados para conquistar seguidores. Em seguida, realizam publicações com chamadas atrativas voltadas para investimento, como: “ganhe dinheiro fácil”.
Para Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, é necessário redobrar o cuidado com o conteúdo na internet. Além disso, o gestor alerta sobre as estratégias usadas pelos golpistas:
“Os perfis falsos geralmente são usados para disseminar os mais diversos tipos de golpes, criando supostos sorteios de produtos e serviços e até prometendo falsas transferências de dinheiro pelo PIX.”
Dados pessoais
Após promover publicidades enganosas, os golpistas ludibriam as vítimas para repassarem os dados pessoais, bem como a conta bancária.
Simoni ressalta que apenas com o número do celular é possível executar a ação:
“Com a posse de informações pessoais dos seguidores, como número de celular e CPF, consigam aplicar golpes financeiros, clonagem de WhatsApp ou envio de outros tipos de conteúdo malicioso, como phishing [compartilhamento de informações] e malwares [código malicioso].”
Caso com Bitcoin
Recentemente, foi descoberto que golpistas usavam a imagem de Elon Musk da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) para praticar ações ilegais no ecossistema blockchain.
Não muito diferente da situação vivida pelo empresário, o jornalista e apresentador do BBB, Tiago Leifert, também foi surpreendido por golpes com Bitcoin vinculados ao seu nome.
Ano passado, o esquema Bitcoin Up usou a imagem do comunicador para promover um suposto “novo investimento secreto de Tiago Leifert”.
A campanha insinuava que o investimento proporcionava altos retornos aos investidores e “deixava as pessoas ricas”.
O apresentador veio a público esclarecer a situação e confirmou tratar-se de um golpe. Na ocasião, Leifert criticou as políticas de segurança das redes sociais:
“Eu fico aqui o dia inteiro desmentindo notícia de Bitcoin. Já fiz todo tipo de denúncia. O Instagram e o Facebook não estão nem aí. É todo dia uma notícia falsa de Bitcoin, todo dia. E eu tento denunciar e não acontece nada.”
Soluções
Golpes cibernéticos têm se tornado cada vez mais comuns, inclusive na criptoesfera. Especialistas e investidores solicitam às entidades públicas leis mais rígidas contra este tipo de crime.
Políticas de segurança nas plataformas digitais também são discutidas por grupos que defendem navegações mais seguras.