Uma reportagem da TV Record, que foi ao ar nesta quinta-feira (1), denunciou um suposto esquema de pirâmide financeira liderada por dois irmãos de Natal, no Rio Grande do Norte.
Segundo a reportagem, Pedro Henrique Oliveira da Silva Medeiros e o irmão Leonardo Oliveira de Medeiros lesaram mais de 600 pessoas em todo o país com o esquema.
FoxTrader X
A suposta pirâmide era a FoxTrader X. A empresa tinha sede em Natal, embora os líderes tenham informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que ela era sediada em Dubai.
A promessa era de 11% de juros ao mês sobre o valor investido com supostas aplicações no mercado financeiro.
Mas a promessa não se concretizou e o esquema, aberto há dois anos, foi encerrado.
“O presidente da empresa informou que estaria encerrando as atividades e … informando e passando um cronograma para eles de pagamento. Mas que não tinha datas e não chegou a ser efetivado, porque nada veio a ser cumprido daquele cronograma”, disse o advogado das vítimas, Victor Dantas.
Como informa a reportagem, esse comunicado de encerramento pegou os investidores de surpresa. Como é de se esperar, boa parte deles não foi reembolsada.
Um dos investidores ouvidos pela reportagem contou que teve um prejuízo de R$ 110 mil.
Os donos não atendem às ligações e nem respondem às mensagens dos clientes lesados.
Denúncia da CVM
De acordo com a reportagem, após o esquema ter lesados centenas de clientes, a CVM enviou um parecer ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). No documento, a autarquia denunciou os irmãos.
O MPRN pediu, então, a abertura de inquérito policial à Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (DECON).
O delegado responsável pelo caso, Estênio Pimentel França dos Santos, informou que a delegacia recebeu a representação criminal do MPRN.
No entanto, o inquérito ainda não foi aberto, está em fase de levantamento preliminar.
Mesmo assim, como informa a reportagem, a Justiça concedeu uma liminar autorizando o bloqueio de bens dos irmãos. O valor será destinado para ressarcir o prejuízo das vítimas.