Há pouco mais de um ano, a MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) realizava sua primeira compra de Bitcoin (BTC) e inaugurava uma nova era. Nesta sexta-feira (15) a empresa superou a marca de 100% de lucro neste investimento.
De acordo com o site Bitcoin Treasuries, os 114 mil BTC em possa da empresa superaram a marca de US$ 7 bilhões em valor. Ou seja, um aumento de 121,5% em relação ao preço total de aquisição, que está em US$ 3,16 bilhões. O preço médio de aquisição por BTC é de US$ 27.713.
A empresa tem quase quatro vezes mais BTC do que a segunda colocada, a Tesla (NASDAQ:TSLA), que possui cerca de 42 mil BTC.
Ao todo, a MicroStrategy lucrou cerca de US$ 3,84 bilhões em 14 meses de investimento. No entanto, cabe ressaltar que se trata de um lucro não realizado, que envolve apenas a valorização dos BTC.
Ou seja, a empresa não embolsou esse dinheiro, pois não realizou vendas. De acordo com Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, a estratégia é apenas acumular a criptomoeda com foco no longo prazo.
Última compra em setembro
Ao longo do terceiro trimestre de 2021, a MicroStrategy comprou um total de 8.957 BTC por aproximadamente US $ 419,9 milhões. Nesta operação, o preço médio por BTC foi de US$ 46.875.
Sua última compra ocorreu em setembro, quando Saylor revelou a aquisição de 5.050 BTC, pagando cerca de US$ 242,9 milhões. E conforme destacado, a empresa não tem planos de vender seus BTC.
Atualmente, empresas, como a MicroStrategy, que não pertencem ao ramo de investimentos, devem declarar criptomoedas como ativos intangíveis. Isso significa que o Bitcoin é registrado nos balanços pelo seu custo histórico.
Por um lado, isso prejudica os resultados da empresa caso o preço caia. Foi o caso do mês de julho, quando a empresa reportou prejuízo não realizado de US$ 689 milhões. Em contrapartida, o valor nunca é revisto para cima se o preço do BTC aumenta.
“Esta desconexão entre as demonstrações financeiras de uma entidade e a realidade econômica de sua condição financeira e resultados de operações cria confusão e não fornece investidores, analistas e o público em geral com as informações que precisa fazer uma avaliação informada das perspectivas atuais e futuras da entidade”, criticou Saylor.