Por Yasin Ebrahim
Investing.com - O comitê de política monetária do Federal Reserve expressou querer manter o apoio à retomada econômica enquanto a pandemia continuar a promover incertezas no cenário, mas que ajustará ritmo de compra de ativos, se necessário, apontou a ata da última reunião do comitê do banco central americano nesta quarta-feira (25).
Em 5 de novembro, o Fomc, como é conhecido o comitê, manteve o intervalo da taxa de juros do país entre 0% e 0,25%, assim como o programa mensal de recompra de títulos em US$ 120 bilhões.
O programa foi responsável por diminuir os custos de empréstimo para negócios e continua a fortalecer a economia durante a pandemia.
Nas últimas semanas, o senso de urgência em aumentar a oferta de liquidez foi fortalecida após o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, declarar que ele iria deixar vencer no final do ano o programa emergencial de empréstimos do Fed, iniciado no auge da pandemia, em março.
“A decisão unilateral do secretário do Tesouro Mnuchin de fazer com que o programa de empréstimos termine em 31 de dezembro, apesar de objeções do Fed, aumenta as chances do Fomc de querer incrementar o programa de recompra de ativos”, disse a Pantheon Macroeconomics em nota.
A decisão de Mnuchin foi amplamente criticada por acontecer justamente em meio à chegada da segunda onda de Covid-19 no país, com alguns estados adotando medidas de lockdown que devem atrasar a recuperação econômica.
Ainda assim, as expectativas para mais ajuda fiscal cresceram após relatos de que o presidente eleito Joe Biden deve nomear a ex-presidente do Fed, Janet Yellen, como secretária do Tesouro.
Durante o mandato no banco central americano, Yellen era vista como pró-estímulos e, se de fato indicada, é amplamente esperado que ela mantenha as medidas fiscais de ajuda.
Secretários do Tesouro, no entanto, não têm controle direto sobre a política fiscal. A ex-presidente do Fed precisará lidar com um Senado dominado pelo partido Republicano para manter as opções de ajuda fiscal em aberto.