Estratégia de IA sobe +46,45% e faz Nasdaq comer poeira; veja o segredo
Por Indradip Ghosh
BENGALURU (Reuters) - O Banco Central Europeu manterá a taxa de juros estável em 2,00% em setembro, de acordo com a maioria dos economistas consultados pela Reuters, com as perspectivas econômicas da zona do euro praticamente inalteradas depois que a União Europeia fechou um acordo comercial com os Estados Unidos.
As expectativas mudaram em relação à pesquisa anterior, em julho, quando a maioria dos economistas previu outro corte de juros no próximo mês.
Agora, as autoridades devem esperar até dezembro se optarem por reduzir os juros mais uma vez, mas não há mais um consenso majoritário sobre onde a taxa de depósito estará ao fim do ano.
Embora a maioria dos entrevistados tenha dito que a tarifa de 15% dos EUA sobre os produtos da UE pode pesar sobre o crescimento e diminuir as pressões dos preços, o apoio fiscal futuro, particularmente da Alemanha, e a redução da incerteza são vistos mantendo o bloco em uma trajetória de crescimento estável.
A inflação já está na meta do BCE de 2%, o que proporciona uma garantia adicional para os membros. O banco manteve os juros inalterados no mês passado, após uma redução acumulada de 200 pontos-base desde junho de 2024.
A perspectiva econômica estável contrasta com a dos EUA, onde o mercado de trabalho está enfraquecendo, a inflação está subindo e o Federal Reserve, que manteve os juros estáveis durante todo o ano, enfrenta dúvidas crescentes sobre sua futura independência da interferência política.
A maioria dos economistas, 46 de 72, na pesquisa de 11 a 14 de agosto, espera que o Conselho do BCE deixe os juros inalterados no próximo mês.
A taxa de depósito de 2% é o ponto médio da faixa de taxa neutra estimada pelo BCE, de 1,75% a 2,25%, que não estimula nem restringe o crescimento econômico.
No mês passado, quase 60% dos economistas disseram que haveria mais um corte até o fim do ano. Agora, apenas 47%, 34 de 72, esperam mais uma redução, provavelmente em dezembro, enquanto 31 não preveem nenhum corte adicional e sete preveem dois cortes adicionais de 25 pontos-base.
A inflação ficará em torno de 2%, em média, pelo menos até 2027, de acordo com a mediana das pesquisas, uma perspectiva estável desde junho.
A previsão é de que a economia da zona do euro cresça 1,1% neste ano, 1,2% em 2026 e 1,4% em 2027, também praticamente inalterada desde junho.