BNP Paribas reduz projeção de inflação para 2025 e 2026 e vê afrouxamento da Selic em março

Publicado 26.08.2025, 15:43
Atualizado 26.08.2025, 15:56
© Reuters.

BRASÍLIA (Reuters) - O BNP Paribas revisou suas estimativas para a inflação ao fim de 2025, de 5,2% para 4,8%, e em 2026, de 4,4% para 4,1%, citando uma valorização do dólar e queda em preços de commodities agrárias e de metais, e previu o início de um ciclo de cortes da taxa básica de juros em março, com reduções de 300 pontos-base ao longo do ano.

Previsões anteriores do banco apontavam para reduções da Selic a partir de abril, mas a instituição destacou o impacto cumulativo das condições monetárias restritivas no segundo semestre deste ano como um fator para a mudança.

"No entanto, o momento do ciclo de flexibilização permanece sensível aos riscos altistas para a inflação e à credibilidade fiscal. Mesmo que a inflação geral diminua, as pressões persistentes sobre os núcleos podem atrasar a convergência para a meta de 3%", disse a instituição em um relatório.

O banco francês também baixou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto em 2025, de 2,4% para 2,3%, apontando uma desaceleração mais pronunciada da atividade do que o previsto e um enfraquecimento do crescimento do crédito.

Contudo a instituição aumentou suas previsões para o PIB em 2026, de 1,3% para 1,6%, argumentando que a atividade segue impulsionada pelo consumo das famílias e por um mercado de trabalho robusto, com a expectativa de maiores estímulos fiscais e creditícios durante o ano eleitoral.

O banco destacou o período eleitoral de 2026 como um fator que deve provocar forte incerteza, sobretudo em relação à inflação e expectativas cambiais.

"A disputa provavelmente será acirrada", apontou o relatório. "Ancorar as expectativas de inflação para além de 2026 exigirá tanto prudência macroeconômica quanto uma direção de política monetária clara após as eleições, em nossa opinião."

O IBGE informou nesta terça que o IPCA-15 registrou deflação em agosto pela primeira vez em dois anos, graças ao pagamento de um bônus nas contas de energia e à queda nos preços dos alimentos. Em 12 meses, o índice desacelerou a 4,95%, de 5,30 em julho.

 

(Por Victor Borges)

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