O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta sexta-feira, 16, que se houver uma desaceleração global agora, a barra para as autoridades monetárias intervirem seria alta em termos da habilidade dos governos para ajudar a mitigar a recessão. Durante o Barclays (LON:BARC) Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo, ele voltou a enfatizar, no entanto, que o BC brasileiro não vê a uma recessão muito séria à frente.
Campos Neto salientou que os gastos fiscais têm aumentado muito no mundo e que isso forma um cenário de problemas com dívidas grandes e com juros também maiores.
"A primeira coisa que vemos é que o duration diminuiu", disse ele, citando que há muitos mais vencimentos nos próximos dois ou três anos do que havia nos últimos 15 anos, principalmente nos países de baixa renda, e com um custo médio de rolagem muito mais alto. Isso é algo, de acordo com ele, que os BCs estão olhando.