China tem alta de 12,8% na exportação de carros

Publicado 13.08.2025, 09:34
© Reuters China tem alta de 12,8% na exportação de carros

As exportações de automóveis da China continuaram a crescer nos 7 primeiros meses deste ano, impulsionadas principalmente pela forte demanda por veículos de NEVs (sigla em inglês para Veículo de Nova Energia), à medida que montadoras locais aceleram seus planos de expansão global diante de desafios no mercado interno.

De janeiro a julho, os embarques de veículos chineses para o exterior aumentaram 12,8% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 3,68 milhões de unidades, segundo relatório divulgado na 2ª feira (11.ago.2025) pela CAAM (sigla para Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis).

As exportações de NEVs –categoria formada principalmente por modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in– subiram 84,6% na comparação anual, chegando a 1,31 milhão de veículos, o que representa mais de 1/3 do total. Já os embarques de carros com motores a combustão caíram 7%.

A Chery Automobile Co. Ltd., que mantém uma parceria de produção de veículos elétricos com a Huawei Technologies Co. Ltd., manteve a liderança como maior exportadora de automóveis da China, com 667 mil unidades vendidas ao exterior no período, segundo dados da CAAM.

A BYD (SZ:002594) Co. Ltd., porém, foi a que mais cresceu. Nos 7 primeiros meses de 2025, suas exportações mais que dobraram, alcançando 553 mil carros, o que lhe garantiu o posto de 2ª maior exportadora do país. A estatal SAIC Motor Corp. Ltd. ficou em 3º lugar, com 510 mil veículos embarcados para o exterior.

O avanço robusto se dá num momento em que as montadoras chinesas intensificam sua presença em mercados internacionais, enquanto a concorrência interna se acirra. Em junho, o diretor da Chery no Reino Unido, Victor Zhang, afirmou em conferência em Londres que a empresa “considera ativamente” construir sua 2ª fábrica europeia no país como parte de uma “estratégia de localização”.

Em abril, a BYD iniciou a construção de uma fábrica de carros elétricos de US$ 32 milhões (cerca de R$ 173,4 milhões) no Camboja, parte de sua estratégia global iniciada em maio de 2021, que já levou a empresa a entrar em mais de 100 países e regiões.

Outras montadoras seguiram o movimento. A Guangzhou Automobile Group Co. Ltd., responsável pela marca Aion, de veículos elétricos, inaugurou uma fábrica em Jacarta, na Indonésia, em junho. Já a XPeng Inc., startup do setor, iniciou produção local no país em julho, tornando-o seu 1º centro fabril no exterior.

Segundo dados compilados por Cui Dongshu, secretário-geral da CPCA (sigla em inglês para Associação Chinesa de Carros de Passageiros), o México foi o principal destino das exportações de veículos chineses no 1º semestre, seguido por Emirados Árabes Unidos, Rússia, Brasil e Bélgica.

Entre os 10 maiores compradores de carros fabricados na China, Rússia e Brasil foram os únicos onde os embarques caíram na comparação anual –62% e 6%, respectivamente.

A Rússia foi o maior importador de veículos chineses em 2023 e 2024, depois de as marcas do país preencherem rapidamente o espaço deixado por montadoras ocidentais que se retiraram devido à invasão da Ucrânia em 2022.

Novas barreiras comerciais explicam boa parte da queda acentuada. Em abril de 2024, Moscou impôs tarifas retroativas sobre veículos que entravam via Ásia Central, limitando uma rota antes lucrativa para exportadores chineses. Em outubro, aumentou em até 85% o “imposto de sucata” sobre carros importados, com novos reajustes anuais previstos até 2030.

Esta reportagem foi originalmente publicada em inglês pela Caixin Global em 12.ago.2025. Foi traduzida e republicada pelo Poder360 sob acordo mútuo de compartilhamento de conteúdo.

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