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Conforme expectativa, Fed eleva taxa de juros em 0,75 ponto percentual

Publicado 21.09.2022, 14:41
© Reuters.

Por Jessica Bahia Melo e Leandro Manzoni

Investing.com - O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) elevou nesta quarta-feira (21) a taxa básica de juros dos EUA após reunião de dois dias. O colegiado decidiu subir a taxa dos fed funds em 0,75 ponto percentual (75 pontos-base - pbs) para a faixa 3%-3,25%.

A taxa estava anteriormente em intervalo entre 2,25% e 2,5%, após a alta de 75 pontos-base em decisão unânime na reunião de julho.

A decisão foi em linha com 85% dos investidores que estimavam a elevação nessa magnitude, de acordo com a ferramenta Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve do Investing.com.

"Indicadores recentes apontam para um crescimento modesto nos gastos e na produção. Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas", disse o comunicado. De acordo com o Fed, a guerra da Rússia contra a Ucrânia gera dificuldades humanas e econômicas, criando pressão inflacionária e pesando sobre a atividade econômica global.

O Comitê ainda continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito nos Planos para Redução do Tamanho do Balanço do Federal Reserve emitidos em maio, detalhou o comunicado.

Projeção de juros

Quase todos os membros votantes do Fomc apostam em uma taxa de juros pelo menos a 4% no fim de 2022, com exceção de uma autoridade que projeta a taxa de juros entre 3,75%-4%, de acordo com gráfico de pontos.

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Mas há divisão em relação se a faixa mínima da taxa ficará em 4% ou 4,25%. Oito membros veem que os juros estarão entre 4-4,25% no fim do ano, enquanto 9 projetam a taxa do Fed Funds em 4,25%-4,5%. Assim, a mediana ficou em 4,4%, ante 3,4% em junho.

Essas projeções ficam acima do consenso da taxa de juros de longo prazo. 8 membros veem as taxas de longo prazo em 2,5%, enquanto 6 projetam em 2,25%, com a mediana em 2,5%.

Além disso, o aperto monetário continua em 2023, segundo as projeções, com a taxa de juros ficando em ao menos 4,25% na faixa mínima. 6 membros votantes projetam que a taxa de juros termine o ano que vem no intervalo de 4,25%-4,5%, enquanto 12 projetam que a taxa fique entre 4,5% e 4,75%. A mediana ficou em 4,6%.

As projeções se dissipam para 2024, sem uma uniformidade consensual entre os membros. A maioria prevê que a taxa de juros continue em torno de 4% daqui a dois anos, com a mediana ficando em 3,9%. Em 2025 metade aposta em juros abaixo de 3% e outra metade acima desse patamar, com a mediana em 3,9%.

Atividade

A perspectiva de crescimento econômico continua se deteriorando entre os membros do Fomc. A projeção de avanço do PIB para 2022 caiu de 1,7% em junho para 0,2% agora em setembro. Para 2023, a expectativa é de expansão de 1,2% (ante 1,7% anteriormente), enquanto para 2024 caiu de 1,9% para 1,7%.

Isso significa que o crescimento econômico dos EUA ficaria abaixo da tendência de longo prazo, segundo o consenso dos membros votantes. No longo prazo, o crescimento do PIB dos EUA é de 1,8% ao ano.

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Mercado de trabalho

Já a deterioração do mercado de trabalho se concentraria em 2023. As projeções para esse ano tiveram uma leve alta de 3,7% para 3,8%, mas subiu meio ponto percentual para 2023, de 3,9% para 4,4%.

Mas, em 2024 a taxa de desemprego se concentraria em 4,4%, segundo o gráfico dos pontos. A projeção anterior foi de 4,1%, e a expectativa para 2025 é de uma leve recuperação, para 4,3%.

Inflação

As estimativas de inflação mensurada pelo índice PCE tiveram pouca deterioração. A mediana das projeções ficou em 5,4% para 2022, ante 5,2% anteriormente. Em 2023, a inflação cairia para 2,8%, e continuaria a tendência de queda em 2024 (2,3%), convergindo para a meta de inflação de 2% apenas em 2025.

Já o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como commodities e alimentos, teve uma piora na perspectiva. Para esse ano, a projeção é de 4,5%, ante 4,3%, enquanto em 2023 subiu de 2,7% para 3,1%. A expectativa para 2024 se manteve em 2,3%, enquanto em 2025 ficaria em 2,1%, levemente acima da meta.

Com duplo mandato, os objetivos do Fed são, ao mesmo tempo, a busca pelo pleno emprego e o combate à inflação.

O presidente do Fed, Jerome Powell, realiza entrevista coletiva a partir das 15h30 (horário de Brasília) para explicar detalhes da decisão e os próximos passos do Fomc.

Confira a coletiva de imprensa AO VIVO.

Últimos comentários

C4raio, ningupem ta vendo que o dólar vai pra 6,00 só pra começar????? O povinho jument0 que não enxerga um palmo na frente do nariz...
Todos aí preparados para a crise dos resseguros??? Essa decisão do FED mostra que não tem saída. Vai ter uma queda abrupta nas bolsa nos próximos meses... e 87.000 é o número. Nunca imaginaram ver o dólar a 7,00, mas verão. A boa notícia é que após o choque inicial, o Brasil será o maior beneficiado do mundo, e um ciclo rumo aos 200.000 se iniciará, juntamente com uma nova era de riqueza mundial e com muita inclusão social. Quando a bolsa cair pra 90k comecem a comprar desesperadamente....
Só falou coisa que nao presta
A decisão moderada é a mais prudente por não criar um choque abrupto na economia, além de dar o tempo necessário para que o setor produtivo restabeleça o equilíbrio entre a oferta (que foi afetada) e a demanda (praticamente constante).
Vamos comprar dólar para viajar !
E eu cravei 4,70 logo pela manhã.
MU.LA vem aí pra acabar de ferrar a po-rra toda. Sai da frente que o "papa-propina" tá chegando.
Fed vai pagar caro por ser leniente com a inflação. O aumento está atrasado e deveria ser de 1%
Não fale groselha, aumento de juros é um remédio amargo e necessário pra combater a inflação, mas tem que acertar a dosagem, se o Fed perder a mão e aumentar acima do que deve vai gerar consequências muito piores do que a inflação atual.
vc n esta está errado , mas por enquato estamos estamos na alta das inflaçoes variaveis que seria por conta das commodities, a hora que chegar a inflaçao permanente que é o aumento dos salarios ai o bixo vai pegar. E sim temos que ter uma recessao sofrida e amarga para verdadeiramente diminuirmos a inflaçao que possivelmente nao chegou no pico ainda na europa e nos eua
a mídia vai escrever que o Bolsonaro está causando inflação nos EUA também...kkk
A americanada vai cair em peso no Brasil. Claro tipo pra especular aumenta e depois baixa.
conforme discurso as 15.30 será bolsas despencando
quer criar empregos em momentos de alta inflação é uma doidera. ou se faz uma coisa ou outra. FOMC está mais perdido que cego em tiroteio
Nada de novo, segue o baile e as compras em IPCA+2045! Agora é ver o COPOM!
tudo dentro do esperado ....
Ainda abaixo do que eu imaginava... Acreditava que a elevação seria em 1 ponto percentual...
segue o jogo
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