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Copom inicia quarta reunião do ano avaliando fim de altas da Selic

Publicado 14.06.2022, 06:02
Atualizado 14.06.2022, 06:20
© Reuters.

© Reuters.

Agência Brasil - Em meio aos impactos da guerra no leste europeu e do nervosismo no mercado financeiro internacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (14) a quarta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (15), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá encerrar o ciclo de aumento de juros, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar de 12,75% para 13,25% ao ano, com alta de 0,5 ponto percentual. Os analistas de mercado esperam que a taxa permaneça nesse nível até o fim do ano.

Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que pretendiam concluir o ciclo de alta da Selic porque as elevações dos últimos meses ainda estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia passou a impactar a inflação brasileira, por meio do aumento dos combustíveis, de fertilizantes e de outras mercadorias importadas. Além disso, a instabilidade na economia norte-americana, que enfrenta a maior inflação nos últimos 40 anos, têm elevado a cotação do dólar em todo o planeta.

O mercado financeiro sentiu o impacto da economia externa. A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 8.89% para 9% em 2022

Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

LEIA MAIS: Copom define Selic; Fim do ciclo de alta dos juros está próximo?

Aperto monetário

Principal instrumento para o controle da inflação, a Selic continua em ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história, em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, tendo subido 10,75 pontos percentuais até agora.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas seguram a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Últimos comentários

Os países que aumentaram a taxa de juros primeiro (emergentes igual o Brasil) pagaram a conta dos países de primeiro mundo que deixaram a corda bamba e mantiveram a economia aquecida até onde conseguiram. O mundo é corrompido e nós sempre pagaremos a conta mais alta. Europa, Asia e EUA estão apenas começando a aumentar suas taxas, enquanto o Brasil está aos frangalhos pensando em parar de aumentar. O correto seria um aumento sincronizado, pois o mundo é globalizado e não é diferente neste momento. É uma vergonha o que aconteceu, mias uma vez, o mundo fracassou e os emergentes pagaram a conta mais alta!
Mercados americano e europeu aumentando as taxas de juros, vendo os seus índices derreterem, dados econômicos em colapso e aqui pensando em avaliar possível fim das altas dos juros...é pa caba...ainda falam que não tem fim ideológico e tendencioso.Acorda Brasil!!!!!
Seu comentário está muito atrasado. agora que o mundo acordou pra começar a aumentar os juros. Nós já estamos chegando no limite. Hora de rever. Pra frente Brasil!!!
é um milagre? acho que é a primeira matéria que eu vejo aqui que não tem um viés ideológico. ainda explicou sobre a selic, ficou muito bom. seria perfeito se continuassem assim (em relação as matérias).
Verdade, ficou até leve a alta da Selic, rsrs
Excelente Aula! Iniciei educação financeira com a minha filha e estava explicando justamente sobre os juros e esse conteúdo agregará no aprendizado dela.
Boa matéria sem viés ideologico
até que fim uma matéria descente
Ê isso aí, resumiu uma aula de economia.
nice
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