Por Leigh Thomas
PARIS (Reuters) - O crescimento da França desacelerou nos três primeiros anos do ano uma vez que mais famílias passaram a gastar menos nas contas de aquecimentos durante um período de inverno atipicamente quente, e com pouco impacto óbvio do período anterior à eleição, mostraram nesta sexta-feira dados oficiais.
Apesar da incerteza em torno da eleição presidencial, a segunda maior economia da zona do euro cresceu 0,3 por cento no primeiro trimestre, informou a agência nacional de estatísticas INSEE em sua primeira estimativa para o período.
O resultado marca uma desaceleração em relação aos três últimos meses do ano passado, quando a economia cresceu 0,5 por cento, e ficou ligeiramente abaixo da expectativa de economistas de expansão de 0,4 por cento.
Embora o crescimento dos gastos do consumidor tenha sido praticamente nulo, isso se deveu em grande parte às contas menores de aquecimento e aos gastos mais fracos com roupas em meio ao clima quente.
Emmanuel Macron é apontado pelas pesquisas como vencedor no segundo turno da eleição presidencial contra a líder de extrema-direita Marine Le Pen, que quer que a França abandone o euro.
O relatório do PIB mostra que o investimento das famílias, composto principalmente de compras de imóveis, permaneceu firme. Isso está ajudando a alimentar uma recuperação no setor de construção.