BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos deve ter desacelerado em julho, com a previsão de que a taxa de desemprego volte a subir para 4,2%, mas isso provavelmente será insuficiente para estimular o Federal Reserve a retomar o corte dos juros em breve já que as tarifas estão começando a alimentar a inflação.
A desaceleração esperada na abertura de vagas fora do setor agrícola no relatório de emprego do Departamento do Trabalho, a ser divulgado nesta sexta-feira, deve refletir principalmente um ajuste depois de uma alta inesperada na vagas do setor de educação dos governos estaduais e locais em junho.
Na quarta-feira, o banco central dos EUA manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%. Os comentários do chair do Fed, Jerome Powell, após a decisão, minaram a confiança de que o banco central retomaria a política de afrouxamento em setembro, como havia sido amplamente antecipado pelos mercados financeiros e por alguns economistas.
Embora Powell tenha descrito o mercado de trabalho como estando em equilíbrio devido ao declínio da oferta e da demanda ao mesmo tempo, ele reconheceu que essa dinâmica "sugere um risco de queda". O crescimento do emprego desacelerou em meio à incerteza sobre onde os níveis de tarifas do presidente Donald Trump acabarão por se estabelecer.
Na quinta-feira, Trump impôs tarifas pesadas a dezenas de parceiros comerciais antes do prazo final de um acordo comercial na sexta-feira, incluindo uma tarifa de 35% sobre muitos produtos do Canadá.
A repressão à imigração da Casa Branca reduziu a oferta de mão de obra, assim como a aceleração das aposentadorias dos "baby boomers".
A expectativa em pesquisa da Reuters é de que tenham sido abertas 110.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, depois de 147.000 em junho. Essa leitura estaria abaixo da média de ganho de 150.000 em três meses.