BUENOS AIRES (Reuters) - A economia da Argentina cresceu 10,3% no ano passado, ligeiramente acima das previsões, enquanto a taxa de desemprego e os números do comércio do país sul-americano também superaram as expectativas, à medida que a atividade continua a se recuperar após a pandemia de coronavírus.
O governo disse que o crescimento em 2021, que veio acima de uma previsão de 10%, foi o maior em pelo menos 17 anos, impulsionado pela flexibilização das restrições impostas durante a pandemia da Covid-19.
"Esse é o maior crescimento desde o início da série, em 2004, superando a maior variação anterior, registrada em 2010", disse o Ministério da Economia em comunicado.
A economia cresceu 8,6% no último trimestre do ano frente ao mesmo período de 2020, um pouco abaixo da previsão de alta de 8,7% em uma pesquisa da Reuters.
Enquanto isso, a taxa de desemprego caiu para 7% no quarto trimestre de 2021, disse a agência oficial de estatísticas, bem abaixo das expectativas do mercado de 8,5% e o sexto trimestre consecutivo de queda. Foi a leitura mais baixa desde 2015.
A Argentina, um grande produtor de grãos, está lutando contra baixas reservas em moeda estrangeira, inflação galopante acima de 50% e uma crise cambial que forçou o país a impor rígidos controles de capital.
O maior exportador mundial de soja e segundo maior exportador de milho também registrou superávit comercial de 809 milhões de dólares em fevereiro, informou o governo, novamente acima das previsões.
(Reportagem de Jorge Otaola, Nicolas Misculin, Jorge Iorio, Gabriel Araujo e Carolina Pulice)