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Experimento do Fed com economia "aquecida" é aposta histórica em pouso suave da inflação

Publicado 10.12.2021, 15:20
Atualizado 10.12.2021, 15:25
© Reuters. Fachada do Federal Reserve, em Washington
01/05/2020
REUTERS/Kevin Lamarque

Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O experimento do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) com uma economia rodando em temperatura "aquecida" chegou a um território historicamente desconhecido, com uma taxa de desemprego nunca alcançada sem aumentos associados à taxa de juros e agora níveis de inflação que no passado também levaram a uma resposta da política monetária.

O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA teve em novembro a maior alta em 39 anos, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, em meio a sinais de que as pressões de preços estão se ampliando e provavelmente levando os formuladores de política monetária a aumentar significativamente as projeções de inflação, que estão aquém dos números divulgados recentemente.

Isso pode levar a uma mudança da política monetária em si, com as autoridades acelerando os planos de encerrar as compras de títulos e, muitos analistas esperam, sinalizando que os aumentos das taxas de juros podem começar antes do previsto.

A taxa de desemprego também está piscando em vermelho, pelo menos pelos padrões anteriores do Fed. A taxa de 4,2% alcançada em novembro só foi atingida ou ficou abaixo desse patamar cerca de 20% do tempo desde o fim dos anos 1940, cobrindo quatro períodos de baixa desocupação, incluindo o fim dos anos 2010, que envolveram aumentos nas taxas de juros pelo Fed.

O banco central em 2020 concluiu que a inflação era menos arriscada e prometeu tentar fomentar mais empregos e reduzir a taxa de desocupação de uma economia que sentiu que havia mudado de maneira fundamental desde os temores de alta inflação dos anos 1980 --uma conclusão que agora está sendo testada em tempo real.

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"Eles estão atrasados ​​e penso isso há algum tempo", disse Glenn Hubbard, ex-presidente do Conselho de Consultores Econômicos do presidente George Bush e agora professor de economia da Universidade de Columbia.

A nova abordagem do Fed esperava levar uma série de indicadores do mercado de trabalho, como a taxa de participação, de volta aos níveis pré-pandêmicos, mas Hubbard disse que "aquecer a economia... é uma aposta arriscada" se pretende compensar forças econômicas estruturais, como a demografia, que não respondem, pelo menos não rapidamente, à política monetária do banco central.

QUEDA REAL DOS SALÁRIOS

As autoridades do Fed ainda esperam que a inflação diminua por conta própria, muito embora se preparem para mudar a política monetária de maneira que permita aumentos cada vez mais rápidos nas taxas de juros no próximo ano.

Por cima, os salários estão aumentando à medida que os empregadores lutam para preencher vagas abertas em uma era de pandemia em que os desempregados relutam em voltar a seus postos por motivos de saúde, dentre outros. Com isso, aqueles que estão empregados ganharam força para buscar ocupações com salários mais altos.

"Os aumentos de preços continuam a apertar os orçamentos familiares”, disse Joe Biden, presidente do país, em comunicado nesta sexta-feira. "Estamos progredindo nos desafios relacionados à pandemia em nossa cadeia de suprimentos, o que torna mais caro colocar os produtos nas prateleiras, e espero mais progresso nas próximas semanas."

Os fortes dados de inflação ao consumidor dos EUA referentes a novembro eram esperados, mas ainda assim "apenas solidificam o caso para uma redução mais rápida das compras de ativos" quando o Fed se reunir na próxima semana, disse Rubeela Farooqi, economista-chefe dos EUA para a High Frequency Economics. "Mais importante será a mensagem do chair Powell sobre o endurecimento da política monetária no futuro."

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Últimos comentários

Quando será a desvalorização do dolar , esperem.
O mundo todo antes da pan já estava com as contas no vermelho, a pan foi só o catalizador para para dar início ao caos e restart...como está escrito na cartilha do fórum econômico mundial...querem saber como o mundo se portará nessa década... leiam essa cartilha.
já vinha escrevendo aqui que esta inflação é resultado do desequilíbrio entre oferta x demanda por conta do lockdown, quem entende o MÍNIMO do BÁSICO de economia sabe que, assim que tudo é equalizado...as coisas voltam ao normal...o problema é que tem gente imb.ecil que debate o assunto de forma ideológica e quer negar a realidade ou quer que venha uma fadinha mágica e plim...resolva um problema causado por 1,5 ano em 10 minutos kkkkk tenho dó de muita gente que comenta aqui pois só passam VERGONHA
Parabéns Altair pela sua análise da situação. Assino embaixo tudo que você escreveu. Valeu brother!!!
Nao podemos esquecer da expansão monetária. Empresas pagando $ para entrevistar candidatos . Salário mínimo subiu muito . A inflação americana é uma mistura de temporária e estrutural.
Só pode ser culpa do Bolsonaro n é
Antes fosse!!! Acho que nem lendo 3x essa ameba que temos como presidente entenderia o que se passa nos EUA...Ele superou a Dilmanta!kkkkkk
Isto tudo que está acontecendo nos EUA é culpa do Paulo Guedes e Bolsonaro . A esquerdalha pira!
12 anos de monetizacao, criando a bolha de tudo !!! Agora cade a porta de saida ?? So a inflacao para fechar a conta e dar calote branco na divida !!!!!
A dívida total do governo federal e empresas nos USA estava em 2020 na casa dos estratosféricos $222 trilhões, em 2021 com certeza esse número piorou e sem contar que o povo USA é o mais endividado do mundo, por isso o FED não faz nada! Em 2018 ele tentou subir juros e foi uma catástrofe! fonte: foxbit.
E as dívidas da China entre Governo + Empresas ninguém...ninguem... ninguém sequer imagina qual é...se estouraram estas bolhas juntas, será o fim do que conhecemos como capitalismo. sabe quando isso vai acontecer???? jamé...ou amanhã...quem sabe???
fato. nosso exemplo é uma pequena celula explicativa. areolando divida dentro do IPCA
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