Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Fed avança com cautela para debate sobre redução de estímulos meses antes de agir

Publicado 14.06.2021, 08:20
Atualizado 14.06.2021, 08:20
© Reuters. Prédio do Federal Reserve em Washington, March 27, 2019. REUTERS/Brendan McDermid/File Photo

Por Ann Saphir

(Reuters) - Pela segunda vez em menos de uma década, o Federal Reserve está preparando-se para lançar um debate delicado sobre como e quando encerrar um grande programa de compra de ativos que ajudou a proteger uma economia abalada pela crise, mas o deixou com uma montanha de títulos que pode permanecer em seu balanço pelos próximos anos.

A discussão inicial das autoridades sobre como e quando reduzir suas compras mensais de 120 bilhões de dólares em títulos deverá acontecer na reunião de política monetária desta semana e acontecerá sob um cenário dramaticamente diferente do que da última vez, quando eles estavam mais temerosos de possuir uma fatia tão substancial do mercado de títulos.

"Acho que a discussão vai começar" na reunião do Fed que ocorre de terça a quarta-feiras", afirmou o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, Robin Brooks. "Acho que vai começar com muito, muito cuidado", acrescentou, e o chair do Fed, Jerome Powell, não terá pressa em concluí-lo.

O risco de outro "taper tantrum" - a turbulência do mercado que eclodiu há oito anos, quando autoridades do Fed sugeriram, pela primeira vez, a ideia de reduzir a compra de títulos após a Grande Crise Financeira - parece remoto desta vez. Autoridades do Fed apresentaram muitas pistas acerca do caminho para redução desta vez, e autoridades importantes sinalizaram que a discussão está em andamento, e os mercados até agora têm seguido com calma.

Em dezembro de 2020, o Fed informou que continuaria a adquirir 80 bilhões de dólares em Treasuries e 40 bilhões de dólares em títulos lastreados em hipotecas mensalmente, até que a economia apresente um "progresso adicional substancial" em direção às metas do banco central, de pleno emprego e 2% de inflação. A compra de títulos pressiona para baixo os custos de empréstimos de longo prazo para estimular o investimento e contratações.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Apesar de ter havido muito progresso para desacelerar a pandemia, com uma imunização disseminada, os empregadores norte-americanos criaram menos da metade dos dois milhões de empregos que Powell sugeriu que esperava após a última reunião da autoridade monetária, em abril.

O medo da infecção, uma reorganização do mercado de trabalho impulsionada pela pandemia e benefícios adicionais ao desemprego estão entre os fatores que impedem os trabalhadores de trabalhar, mesmo quando as empresas tentam aumentar seu quadro de funcionários antes do aguardado "boom" de verão. Mais de 9 milhões de norte-americanos estão desempregados.

Enquanto isso, a inflação veio mais alta do que projetado, mas os ganhos foram impulsionados por fatores que devem ser transitórios, como um gargalo na produção global de semicondutores.

"Temos muitas coisas estranhas ocorrendo agora", disse Alejandra Grindal, economista-chefe internacional da Ned Davis Research. "Levará alguns meses até que esses problemas sejam resolvidos e possamos determinar se eles são mais do que transitórios."

Em uma pesquisa da Reuters na semana passada, a maioria dos economistas afirmou esperar que o banco central demore pelo menos até agosto para sinalizar um cronograma de redução gradual dos estímulos, sem reduções reais até o início do próximo ano.

ECONOMIA DIFERENTE, ESTRUTURA DIFERENTE

Em comparação à última vez em que o Fed estava pensando em reduzir a compra de títulos, a economia norte-americana está, indiscutivelmente, em melhor forma. A taxa de desemprego está mais baixa, a produção nacional geral está mais próxima de sua tendência pré-crise e ajudas mais fortes, incluindo 2,8 trilhões de dólares em pacotes de gastos governamentais nos últimos seis meses, estão configurando o que se espera ser o crescimento econômico mais rápido este ano em décadas.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Mas, apesar de tudo isso, o Fed parece menos ansioso para tirar o pé do acelerador da política monetária do que da última vez.

Parte disso é porque a maioria dos banqueiros centrais, antes cautelosos com os custos do afrouxamento quantitativo e ansiosos para interrompê-lo o mais rápido possível, acostumaram-se com a ideia de que a compra de títulos faz parte do conjunto de ferramentas do Fed. Um grande balanço patrimonial, visto como um problema a ser corrigido quando as carteiras totalizavam cerca de 4 trilhões de dólares, não é mais um motivo particular de alarme, embora agora o balanço seja duas vezes maior.

Também é porque, desde o ano passado, o Fed opera sob uma nova estrutura. O objetivo agora é fazer com que a inflação fique um pouco acima de 2% para compensar longos períodos de alta de preços abaixo de 2% e corrigir qualquer déficit do pleno emprego abrangente e "inclusivo", sem nenhuma preocupação de equilibrar a ultrapassagem da meta.

"É um Fed diferente, é uma estrutura diferente", disse Gregory Daco, da Oxford Economics.

Quinze meses depois de o Fed reduzir pela primeira vez a taxa de juros de curto prazo para zero e começar a comprar títulos para sustentar a economia e os mercados financeiros, as autoridades do Fed não devem alterar a política monetária esta semana. É provável que Powell use sua entrevista coletiva após a reunião para enfatizar, como tem feito há meses, que a economia ainda está muito longe de uma recuperação total.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Super quarta com final já desenhado? FED continuará comprando títulos e aqui BC subirá os juros entre 0,75 e 1 ponto percentual. Será?
1% é minha aposta
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.