O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Marcus Cavalcanti, afirmou nesta quinta-feira, 7, que há um "descontrole" na concessão de benefícios do programa Bolsa Família, com mais de uma pessoa por família recebendo o benefício mensalmente. Ele afirmou que ajustes serão feitos pelo governo.
"Nós temos um descontrole de famílias de uma pessoa só no Bolsa Família. O Bolsa Família original era dado à dona de casa, uma por família, ela organizava as finanças da casa. Hoje temos três, quatro pessoas da mesma casa recebendo. E esse é um processo que o governo vai trabalhar, para diminuir eventuais irregularidades", disse, em evento sobre os 30 anos da Lei de Concessões (nº 8.987, de 1995), do MoveInfra, movimento de grandes empresas de infraestrutura (CCR (BVMF:CCRO3), EcoRodovias, Hidrovias do Brasil (BVMF:HBSA3), Rumo (BVMF:RAIL3), Santos Brasil (BVMF:STBP3) e Ultracargo).
Ainda ao falar do Bolsa Família, o secretário lembrou que são despesas obrigatórias, que "não podem ser contingenciadas". Cavalcanti substituiu Rui Costa, que não pode participar do evento em função da reunião no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que discute com ministros medidas de controle e redução de gastos.
Cavalcanti também mencionou que, apesar da tragédia do Rio Grande Sul - que exigiu repasses do governo federal, bem como as queimadas no País -, o governo deve fechar 2024 com um déficit primário total de 0,6% do PIB. "Não tem nenhum país, nenhuma economia que fez um ajuste nessa magnitude", declarou.