SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou mais do que o esperado por analistas em agosto, em alta de 0,29%, depois de ter avançado 0,61% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de alta de 0,46%. Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 4,26%.
"Os três índices componentes do IGP-M mostraram desaceleração na transição de julho para agosto", apontou André Braz, coordenador dos índices de preços.
"No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os principais fatores de queda foram as commodities... No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo alimentação destacou-se com uma queda mais acentuada, influenciada pela boa safra de produtos in natura", completou.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,29% em agosto, depois de alta de 0,68% no mês anterior.
No IPA, os destaques na desaceleração foram itens do estágio de matérias-primas brutas, como minério de ferro (-5,54%, ante +0,78 em julho), batata-inglesa (-27,65%, de -7,11% em julho), farelo de soja (-5,55%, ante -0,32% em julho) e feijão (-9,68%, de +0,99% em julho).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, teve alta de 0,09% no período, depois de ter avançado 0,30% em julho.
O maior impacto foi exercido pelo grupo Educação, Leitura e Recreação, que apresentou alta de 0,48% em agosto depois de avançar 2,00% no mês anterior, com destaque para o item de passagens aéreas (+2,60%, ante +12,06% em julho).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,64%, de uma alta de 0,69% em julho.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
(Por Fernando Cardoso)