Índice da FAO de preços dos alimentos cai em maio, puxado por cereais, açúcar e óleo vegetais

Publicado 06.06.2025, 08:33
Atualizado 06.06.2025, 11:40
© Reuters Índice da FAO de preços dos alimentos cai em maio, puxado por cereais, açúcar e óleo vegetais

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) teve média de 127,7 pontos em maio, queda de 1 ponto (0,8%) ante abril. Segundo a FAO, os recuos nos preços de cereais, açúcar e óleo vegetais compensaram os avanços de carnes e lácteos. O índice mensal ficou 7,2 pontos (6%) acima de maio do ano passado, mas permaneceu 32,6 pontos (20,3%) abaixo do pico atingido em março de 2022.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 109 pontos no mês passado, perda de 2 pontos (1,8%) ante abril e 9,7 pontos (8,2%) abaixo do registrado um ano antes. Segundo a FAO, os preços do milho caíram com a forte concorrência e o aumento da oferta sazonal de Brasil e Argentina, com a colheita de ambos acima do ritmo do ano passado. Expectativas de colheita recorde nos EUA também pesaram.

O trigo recuou de forma moderada, com a demanda contida e a melhoria das condições das colheitas no Hemisfério Norte. Chuvas no fim do mês reduziram o risco de seca em partes da Europa, no Mar Negro e nos EUA. Entre outros grãos, os preços do sorgo e da cevada também cederam. Em contraste, o Índice de Preços do Arroz aumentou 1,4% em maio.

O levantamento da FAO também mostrou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 152,2 pontos em maio, recuo de 5,8 pontos (3,7%) ante abril, mas 19,1% acima de maio de 2024. O óleo de palma caiu pelo segundo mês seguido, mantendo um desconto em relação aos óleos concorrentes, em virtude das produções sazonalmente maiores e o avanço da oferta no Sudeste Asiático, disse a FAO.

Os preços do óleo de soja também cederam, pressionados pelo aumento da oferta na América do Sul e pela demanda moderada por matéria-prima para biocombustíveis, particularmente nos EUA. Já o óleo de colza recuou com a perspectiva de melhor oferta na União Europeia, enquanto o óleo de girassol caiu com o enfraquecimento da demanda.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 124,6 pontos em maio, alta de 1,6 ponto (1,3%) em relação ao valor de abril e 7,9 pontos (6,8%) ante o nível do ano anterior. Os preços da carne suína aumentaram com a demanda fortalecida e a forte alta nos preços da Alemanha, após o país recuperar o status de livre de febre aftosa.

Os preços da carne bovina também subiram, atingindo novo recorde histórico, em meio à demanda sólida e à oferta limitada. A carne ovina também teve ganhos no mês. Contudo, os preços da carne de aves caíram com as cotações mais baixas no Brasil, onde um caso de gripe aviária em granja comercial levou à imposição de embargos, resultando em excedentes robustos, afirmou a FAO.

O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 153,5 pontos em maio, 1,3 ponto (0,8%) maior que abril e 27,2 pontos (21,5%) acima do valor do ano passado.

De acordo com o relatório, os preços da manteiga seguiram em níveis historicamente altos, sustentados pela forte demanda de Ásia e Oriente Médio em meio à oferta restrita de leite na Austrália, e apesar do recuo na demanda pelo produto da União Europeia (UE).

Para o queijo, os preços subiram pelo segundo mês seguido, com a demanda sustentada e a disponibilidade limitada na UE.

Os preços do leite em pó integral subiram mais de 4% no mês, com compras robustas da China. Já os preços do leite em pó desnatado cederam 0,2%, com ampla oferta das regiões produtoras de manteiga.

De acordo com a instituição, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 109,4 pontos em maio, terceira queda mensal seguida, com recuo de 2,9 pontos (2,6%) ante abril e 7,7 pontos (10,9%) abaixo do valor de um ano atrás.

A queda foi atribuída à demanda mais fraca, em meio a preocupações com as incertezas do cenário econômico mundial e seu possível efeito na demanda das indústrias de bebidas e de processamento de alimentos.

Além disso, as previsões iniciais de uma possível recuperação da produção global de açúcar em 2025/26 - apoiadas por expectativas de maiores safras na Índia e na Tailândia, após o início antecipado da temporada de monções - exerceram pressão adicional, segundo a FAO.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.