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FRANKFURT (Reuters) - A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em junho, mesmo com crescimento econômico geral no segundo trimestre, contrariando as opiniões de que a união monetária de 20 países permanece resiliente às consequências de uma guerra comercial global.
A produção industrial caiu 1,3% em junho sobre o mês anterior com uma grande queda na Alemanha e a fraqueza da produção de bens de consumo, pior do que a expectativas de retração de 1,0%, mostraram dados do Eurostat nesta quinta-feira.
Além da surpresa negativa, o Eurostat também revisou sua estimativa de crescimento da produção para maio de 1,7% para 1,1%, sugerindo que a tendência subjacente é mais fraca do que se pensava.
Enquanto isso, o PIB cresceu 0,1% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores, em linha com a estimativa preliminar, e o emprego aumentou apenas 0,1% no trimestre, em linha com as expectativas em uma pesquisa da Reuters mas abaixo dos 0,2% nos três meses anteriores.
Uma série recente de indicadores relativamente positivos alimentou a narrativa de que o consumo está mantendo o bloco resiliente às tensões comerciais, mas números mais recentes, como encomendas à indústria e uma leitura importante de confiança da Alemanha, contrariaram essa visão.
Ainda assim, os investidores continuam apostando em uma recuperação modesta com base na premissa de que o recente acordo comercial da UE com os EUA proporciona a certeza necessária e que os planos da Alemanha de aumentar acentuadamente os gastos orçamentários darão suporte ao crescimento.
É por isso que os investidores financeiros acham que o Banco Central Europeu pode ter terminado de cortar as taxas de juros e que as autoridades vão esperar uma queda temporária na inflação abaixo da meta de 2%, já que as pressões sobre os preços no médio prazo já estão se acumulando.
(Reportagem de Balazs Koranyi)