Investing.com – A inflação cheia medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos Estados Unidos variou 0,1% em maio, abaixo dos 0,2% esperados, após alta de 0,4% em abril. Com isso, a inflação na base anual passou de 4,9% para 4%, inferior às projeções de 4,1%, segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 13.
Já o núcleo da inflação dos EUA subiu 0,4% em maio, conforme o esperado e os dados revisados do mês anterior.
Na variação anual, o núcleo do IPC atingiu 5,3%, assim como projetado, ante 5,5% anteriores. O núcleo do IPC exclui preços voláteis, como commodities e alimentos.
Às 9h33 (de Brasília), os índices Dow Jones Futuros, S&P 500 Futuros, Nasdaq 100 Futuros avançavam respectivamente 0,07%, 0,26% e 0,61%.
O dólar recuava 0,14%, a R$4,8552. O Ibovespa Futuros continuava em retração, em baixa de 0,07%.
André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP (BVMF:XPBR31), avalia que o indicador reafirma a tendência de desinflação global, que ocorre principalmente devido ao recuo no preço de algumas commodities, como o petróleo, que contribuiu para uma diminuição acumulada de 20% no valor da gasolina.
“É válido ressaltar que os Estados Unidos ainda enfrentam um mercado de trabalho aquecido, o que vem dificultando o trabalho do Federal Reserve. Apesar disso, o dado de inflação dentro do esperado deve fortalecer a narrativa de pausa para decisão de juros que acontecerá essa semana”, aponta.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank ressalta que a composição do núcleo indica que a inflação de bens já não é mais uma preocupação, enquanto a inflação de serviços continua como um desafio. “O setor segue pressionado por um mercado de trabalho ainda aquecido. O preço dos aluguéis tem se mostrado resiliente, mas deve começar a desacelerar à frente”, completa.
Alexandre Lohmann, estrategista chefe da Constância Investimentos, concorda que há resiliência da medida de inflação nos EUA, o que “deve limitar o ajuste nas expectativas da política monetária".