Investing.com - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês de agosto, considerado a prévia da inflação oficial, atingiu 0,28%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25. Assim, em 2023, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em doze meses, de 4,24%, contra alta anual de 3,19% registrada anteriormente.
A expectativa consensual era de que o indicador subisse 0,17%, após recuo de 0,07% no mês anterior, levando o indicador em doze meses a 4,13%.
Segundo o IBGE, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram elevação em agosto, com maior variação e o maior impacto em habitação. Saúde e cuidados pessoais e educação também apresentaram altas importantes, enquanto entre os recuos, o principal foi em alimentação e bebidas.
A alta dos núcleos preocupa, segundo André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. “O setor de serviços subjacentes voltou a acelerar, e isso esvazia apostas de cortes de juros mais agressivos na Selic por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve seguir o plano de cortes de 0,50 ponto percentual ao longo das próximas reuniões”.
“O número trouxe algumas surpresas para cima em serviços e bens duráveis, bem como no número cheio, dando motivos para a retórica do BC de não acelerar o ritmo de cortes de juros no curto prazo”, concorda Maykon Douglas, economista da Highpar.
Além dele, o economista André Perfeito avalia que “as boas notícias” do campo inflacionário estão chegando ao fim.
“Em parte o qualitativo do índice foi melhor que o número cheio, com dispersão abaixo do desvio padrão e serviços sob controle”, aponta.