PPSA arrecada estimados R$28 bi com leilão de petróleo da União

Publicado 26.06.2025, 11:47
Atualizado 26.06.2025, 15:20
© Reuters.

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O leilão de petróleo da União realizado nesta quinta-feira pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) gerou uma arrecadação potencial de R$28 bilhões, com a comercialização de sete lotes nos campos de Mero, Búzios, Itapu e Sépia, superando em R$3 bilhões as expectativas iniciais do governo.

O certame, considerado o mais competitivo já realizado, vendeu 74,5 milhões de barris de petróleo do pré-sal da Bacia de Santos, com previsão de carregamento entre setembro deste ano e fevereiro de 2027.

O petróleo vendido pela PPSA é oriundo dos contratos de partilha de produção em campos do pré-sal, concedidos a consórcios e empresas que se comprometem, no ato da assinatura, a entregar à União determinados volumes de petróleo em troca do direito pela exploração. Os recursos do leilão vão para o caixa da União quando o petróleo é retirado.

"(Os recursos) chegam em um momento importante e vão ajudar o governo a cumprir seus compromissos fiscais, reforçando a função estratégica do pré-sal como fonte de desenvolvimento e equilíbrio das contas públicas", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O diretor presidente da PPSA, Luis Fernando Paroli, disse que foi o leilão com maior número de participantes e vencedores, melhores preços e ainda teve recorde de ágio. "Sem dúvida foi um grande sucesso", completou.

Paroli adiantou ainda que a PPSA pretende ofertar mais de 100 milhões de barris de petróleo em leilão no próximo ano, com uma arrecadação estimada de R$37 bilhões.

A expectativa da PPSA é que os volumes a serem leiloados cresçam ano a ano, chegando a 2030 com o equivalente a uma carga por dia de cerca de 500 mil barris de petróleo, diante da ascensão da produção do pré-sal.

"A PPSA, nesse momento, lá em 2030, se transformaria na segunda maior vendedora de petróleo do Brasil, só ficando atrás da Petrobras (BVMF:PETR4)", disse Paroli.

LEILÃO

A Petrobras, que disputou todos os lotes nesta quinta-feira e levou o maior volume do certame, venceu 31,5 milhões de barris do campo de Mero e outros 5 milhões de barris do campo de Sépia. A petroleira é operadora de ambos os campos.

Já a norueguesa Equinor e um consórcio entre a portuguesa Galp e a norte-americana ExxonMobil (NYSE:XOM) levaram cada um 14 milhões de barris de Mero, enquanto um consórcio entre PetroChina e refinaria baiana de Mataripe levou 10 milhões de barris, sendo 3,5 milhões de Búzios e 6,5 milhões de Itapu.

"Foi uma vitória, um sucesso, esse leilão com um volume tão significativo", afirmou a gerente executiva de comercialização no mercado externo da Petrobras, Ticiana Araújo, responsável por fazer os lances em nome da estatal.

O campo de Mero é operado pela Petrobras, em parceria com a Shell (NYSE:SHEL), TotalEnergies, CNPC e CNOOC, e em Sépia ela tem como sócias TotalEnergies, Petronas e QP Brasil.

Já Búzios é operado pela Petrobras, em consórcio com CNOOC, CNODC, enquanto Itapu pertence somente à Petrobras.

No leilão, o quinto a ser realizado pela PPSA, as cargas foram vendidas com um desconto ante o Brent datado, uma referência futura internacional publicada diariamente na Platts.

O desconto ocorre uma vez que os ganhadores ficam com a responsabilidade de buscar o petróleo no navio plataforma do tipo FPSO (flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) e arcar com todos os custos logísticos para levar a carga até o mercado final.

As cargas foram vendidas por Brent datado entre menos 0,65 dólar por barril - um recorde para um leilão da PPSA, registrado no lance vencedor da PetroChina/Mataripe pelo lote de Itapu - e menos 1,54 dólar por barril.

Dez empresas haviam se habilitado para participar do leilão, de forma individual ou em grupo, dentre elas ExxonMobil e Equinor participaram pela primeira vez de um leilão da PPSA, segundo a estatal.

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