Investing.com - O número de americanos que solicitaram benefícios seguro-desemprego aumentou 5,24 milhões na semana passada, informou o Departamento do Trabalho dos EUA na quinta-feira, elevando o número de pessoas demitidas no mês passado para mais de 20 milhões, em um aumento sem precedentes no desemprego no país.
A previsão de consenso era de um aumento de 5,105 milhões, segundo economistas consultados pelo Investing.com, enquanto a mediana de analistas ouvidos pela Bloomberg era de 5,55 milhões.
O número de pessoas que já recebem benefícios aumentou para 11,98 milhões, segundo o relatório, ante 7,46 milhões na semana anterior.
O recorde de salto no desemprego viu o crescimento do número de empregos da última década ser completamente apagado em um mês.
Os números sombrios vieram um dia após os dados mostrarem uma queda recorde nas vendas no varejo dos EUA em março e o maior declínio na produção industrial desde 1946.
Estados e governos locais emitiram ordens de "ficar em casa" ou "abrigo no local" que afetam mais de 90% dos americanos para controlar a propagação do COVID-19, a doença respiratória causada pelo vírus, e abruptamente interromper a economia atividade.
Economistas estão prevendo que a economia, que eles acreditam que já está em recessão, tenha contração no primeiro trimestre no seu ritmo mais acentuado desde a Segunda Guerra Mundial.
"O declínio da atividade econômica é de tirar o fôlego", disse Joel Naroff, economista-chefe da Naroff Economics, na Holanda, Pensilvânia. "Enquanto veremos uma recuperação inicial quando a economia reabrir, a força e a duração dessa recuperação não são claras".
O aumento dos pedidos iniciais do seguro-desemprego abaixo do consenso da Bloomberg diminuiu a aversão ao risco no mercado. O índice futuro do Dow Jones subiu de estável para 0,43% após divulgação dos dados. No Brasil, o Ibovespa futuros acelerou alta para 0,82%, enquanto o dólar deixou a estabilidade para cair 0,30% a R$ 5,2212.
- Com contribuição de Reuters