O Banco Central do México (Banxico) decidiu nesta quinta-feira, 9, manter sua taxa básica de juros, em 11,00%, em decisão unânime. Em comunicado, ele diz esperar que o processo desinflacionário prossiga, mas acrescenta que, "considerando a perspectiva de que os choques inflacionários levem mais tempo em se dissipar", informa que foram ajustadas para cima as perspectivas para a inflação geral e o núcleo para os próximos seis trimestres.
"Em particular, está previsto que a inflação de serviços apresente um comportamento mais persistente com respeito ao antes antecipado", afirma o Banxico, que prevê inflação geral convergindo para a meta no quarto trimestre de 2025.
O BC mexicano menciona riscos de alta, como a persistência do núcleo da inflação, desvalorização cambial, maiores pressões de custos, que a economia mostre uma resiliência acima do esperado, questões climáticas e a escalada de conflitos geopolíticos.
Por outro lado, a atividade global pode ficar mais fraca que o antecipado, pode haver menor repasse de algumas pressões de custos, enquanto os níveis do câmbio poderiam mitigar certas pressões sobre a inflação. De qualquer modo, a instituição vê o balanço de riscos com relação à trajetória prevista para a inflação como voltado para cima.
No cenário global, o Banxico cita como riscos o agravamento de tensões geopolíticas, o prolongamento de pressões inflacionárias, condições financeiras apertadas e, em menor medida, desafios à estabilidade financeira. Internamente, ele nota que a inflação acelerou entre fevereiro e abril, como reflexo de componentes de fora do núcleo, enquanto este ainda desacelera. "As expectativas de inflação geral e subjacente para o fim de 2024 exibiram um ajuste para cima. As de maior prazo seguiram relativamente estáveis, em níveis acima da meta", afirma.