Monitor da FGV aponta alta de 0,3% para o PIB em janeiro ante dezembro

Publicado 18.03.2025, 12:39
© Reuters.  Monitor da FGV aponta alta de 0,3% para o PIB em janeiro ante dezembro

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,3% em janeiro ante dezembro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com janeiro de 2024, houve crescimento de 2,5% em janeiro de 2025. A taxa acumulada em 12 meses até janeiro foi de 3,2%.

Segundo a FGV, embora a atividade econômica mantenha resultados positivos, já há um processo disseminado de desaceleração. O avanço no PIB em janeiro foi decorrente de crescimentos na agropecuária e nos serviços.

"O crescimento de 0,3% da economia em janeiro, em comparação a dezembro, é explicado pelo forte crescimento da agropecuária e a resiliência do setor de serviços, em que a única retração foi registrada no comércio. A indústria, em contrapartida, retraiu no mês, com quedas observadas nos quatro tipos de indústria analisadas (extrativa, transformação, eletricidade e gestão de resíduos, e construção). Pela ótica da demanda, embora o consumo tenha voltado a crescer em janeiro, após três meses seguidos de queda, os investimentos (formação bruta de capital fixo) retraíram na comparação com dezembro", apontou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial.

A pesquisadora acrescenta que, na comparação com o mesmo período do ano anterior, "observa-se evidente desaceleração da economia, embora os resultados sejam, de modo geral, positivos".

"Este retrato da economia reforça o que já vem sendo apontado em edições anteriores do Monitor do PIB-FGV que, embora a economia esteja com resultados positivos, há um processo disseminado de desaceleração. A elevação da incerteza externa aliada a alta taxa de juros interna com tendência de aumento ao longo do ano, sinalizam dificuldades de crescimento dos setores mais relacionados ao ciclo econômico, como o industrial e o de investimentos. Em contrapartida, o resultado positivo na agropecuária pode indicar um alívio para a atividade econômica, caso o recorde esperado da safra agrícola para este ano se confirme", completou Trece.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre encerrado em janeiro de 2025 ante o trimestre até janeiro de 2024, o PIB avançou 2,6%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,6%.

"Apesar do crescimento, o consumo mostra desaceleração já iniciada no final do ano passado. Os menores crescimentos registrados nos bens de consumo duráveis, não duráveis e de serviços explicam essa desaceleração", ressaltou a FGV.

A Formação Bruta de Capital Fixo teve uma elevação de 8,8% no trimestre até janeiro ante o mesmo período do ano anterior.

"A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) segue apresentando forte crescimento, embora este esteja com tendência declinante desde o terceiro trimestre do ano passado. A desaceleração é disseminada, mas a construção destaca-se com redução de 0,8 p.p. de contribuição na taxa trimestral interanual finda em janeiro, em comparação a finda no terceiro trimestre de 2024", apontou o relatório do Monitor do PIB.

A exportação de bens e serviços registrou queda de 2,5% no trimestre até janeiro ante o mesmo período do ano anterior, influenciada pelo desempenho negativo dos produtos agropecuários e da extrativa mineral. Já a importação de bens e serviços aumentou 12,0% no período.

"Após atingir crescimento de 19,0% no trimestre móvel findo em novembro, a importação tem desacelerado. Embora esse enfraquecimento não seja explicado exclusivamente pelo desempenho da importação de bens intermediários, este é o principal responsável por essa evolução. No trimestre móvel findo em novembro este tipo de importação contribuiu com 9,2 p.p. para o crescimento de 19,0%, enquanto no trimestre findo em janeiro, a contribuição foi de 4,3 p.p. para o crescimento de 12,0%", explicou a FGV.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 1,052 trilhão em janeiro, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 19,4% em janeiro.

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