HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira em meio a preocupações com interrupções no fornecimento no Oriente Médio, à medida que Israel intensifica os ataques aéreos em Rafah, em Gaza, e com comentários da secretária do Tesouro norte-americano de que a economia está tendo um bom desempenho.
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,99 dólar, ou 1,1%, a 89,01 dólares o barril, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram 0,76 dólar, ou 0,9%, para 83,57 dólares.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse à Reuters que o crescimento econômico norte-americano provavelmente foi mais forte do que o sugerido pelos dados trimestrais mais fracos do que o esperado.
Antes dos comentários de Yellen, os preços do petróleo eram pressionados por dados que mostram que o crescimento econômico dos EUA arrefeceu mais do que o esperado no primeiro trimestre. Uma aceleração da inflação sugeriu que o Federal Reserve não reduzirá as taxas de juros antes de setembro.
"A economia dos EUA continua tendo um desempenho muito, muito bom", disse Yellen na entrevista.
Alimentando preocupações em relação à demanda por combustível, os estoques de gasolina nos EUA caíram menos do que o previsto e os de destilados subiram, contra expectativas de um declínio, na semana até 19 de abril, segundo dados divulgados na quarta-feira da Administração de Informação de Energia (EIA).
Israel intensificou os ataques aéreos em Rafah durante a noite, depois de dizer que retiraria os civis da cidade do sul de Gaza e lançaria um ataque total, apesar dos avisos dos aliados de que isso poderia causar vítimas em massa.
Ainda assim, o fornecimento de petróleo ainda não foi afetado.
(Reportagem adicional de Arathy Somasekhar em Houston, Robert Harvey e Alex Lawler em Londres, Deep Vakil em Bengaluru, Yuka Obayashi em Tóquio e Jeslyn Lerh em Cingapura)